Nona Arte: A origem das histórias em quadrinhos
Conhecida mundialmente como nona arte, as histórias em quadrinhos (HQs) narram histórias por meio de desenhos sequenciados em pequenos quadros nos quais a fala dos personagens aparece em balões de texto.
Pinturas rupestres - primeiras manifestações da nona arte |
A origem deste conceito artístico parece ser bem antiga, porquanto já nas épocas mais remotas da Pré-História, os homens das cavernas faziam uso de pinturas rupestres para narrar suas aventuras e acontecimentos cotidianos.
No século XIX, alguns artistas como o suíço Rudolph Töpffer, o francês Georges Colomb e o italiano Angelo Agostini, pioneiros no gênero de histórias em quadrinhos, idealizaram a possibilidade de unir texto e imagem na narrativa. Todavia, esse tipo de produção literária, no sentido mais moderno do termo histórias em quadrinhos, concretizou-se de maneira definitiva em 1895 pelas mãos do artista norte-americano Richard Felton Outcault, um americano descendente de alemães, que começou sua carreira como cartunista no início da década de 1890.
Os pioneiros dos Quadrinhos |
No século XIX, alguns artistas como o suíço Rudolph Töpffer, o francês Georges Colomb e o italiano Angelo Agostini, pioneiros no gênero de histórias em quadrinhos, idealizaram a possibilidade de unir texto e imagem na narrativa. Todavia, esse tipo de produção literária, no sentido mais moderno do termo histórias em quadrinhos, concretizou-se de maneira definitiva em 1895 pelas mãos do artista norte-americano Richard Felton Outcault, um americano descendente de alemães, que começou sua carreira como cartunista no início da década de 1890.
Richard Outcault |
A primeira história em quadrinhos oficialmente reconhecida chamava-se “The Yellow Kid” (Menino Amarelo), de Richard Outcault, tendo feito enorme sucesso nos Estados Unidos. Foi a partir de Yellow Kid que as características importantes das histórias em quadrinhos passaram a ser empregadas, como o uso de balões para inserir a voz dos personagens, causando a integração perfeita entre o desenho e o texto em cenas sequenciais.
Yellow Kid é considerado o primeiro personagem de histórias em quadrinhos no seu formato de arte impressa como é concebida e conhecida em nossos tempos. Porém há precursores e obras que discutem tal fato. No Brasil, há uma série de especialistas que defendem que o "primeiro" personagem é Nhô Quim, publicado 26 anos antes pelo italiano naturalizado brasileiro Ângelo Agostini.
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As Aventuras de Nhô Quim ou Impressões de Uma Viagem à Corte foi a primeira história em quadrinhos lançada no Brasil e uma das mais antigas do mundo. Publicada pela revista Vida Fluminense a 30 de janeiro de 1869, conta a história de Nhô Quim, um caipira que se muda para a cidade do Rio de Janeiro e fica chocado com a civilização meio rural, meio urbana, sendo de fato uma caricatura dos costumes daquela época. Devido sua importância para os quadrinhos brasileiros, em 1984 foi escolhido o dia 30 de janeiro para ser o "Dia do Quadrinho Nacional", e em homenagem ao seu criador o prêmio dado aos melhores cartunistas, pela Associação dos Quadrinistas e Caricaturistas do Estado de São Paulo, tem o nome de "Prêmio Agostini".
Cronologicamente, em 1827, na Suíça, o desenhista Rodolphe Topffer publicou a “História de Mr. Vieux – Bois”; em 1865, Wilhelm Busch, na Alemanha, desenhou a obra “Max e Moritz”; e em 1889, na França, Christophe lançou “A Família Fenouillard”. No Brasil, tivemos os trabalhos de Agostini, que desenhou obras como “As Cobranças” (1867), “As Aventuras de Nho-Quim” (1869), e “Zé Caipora” (1883).
A linguagem das histórias em quadrinhos, bem como o uso de personagens fixos que contam uma história por meio de ações fragmentadas em quadros, surgiu primeiramente nos jornais sensacionalistas de Nova York. A imprensa americana desenvolveu a tradição de publicar tiras diárias de humor (por isso o termo comics é muito usado para definir os quadrinhos americanos). O primeiro segmento que se alternou das tiras de humor foi as sequências de aventura, que viriam posteriormente desdobrar-se no surgimento de super-heróis.
Cronologicamente, em 1827, na Suíça, o desenhista Rodolphe Topffer publicou a “História de Mr. Vieux – Bois”; em 1865, Wilhelm Busch, na Alemanha, desenhou a obra “Max e Moritz”; e em 1889, na França, Christophe lançou “A Família Fenouillard”. No Brasil, tivemos os trabalhos de Agostini, que desenhou obras como “As Cobranças” (1867), “As Aventuras de Nho-Quim” (1869), e “Zé Caipora” (1883).
A linguagem das histórias em quadrinhos, bem como o uso de personagens fixos que contam uma história por meio de ações fragmentadas em quadros, surgiu primeiramente nos jornais sensacionalistas de Nova York. A imprensa americana desenvolveu a tradição de publicar tiras diárias de humor (por isso o termo comics é muito usado para definir os quadrinhos americanos). O primeiro segmento que se alternou das tiras de humor foi as sequências de aventura, que viriam posteriormente desdobrar-se no surgimento de super-heróis.
A revista em quadrinhos moderna teve seu nascimento em 1929, com o lançamento nos Estados Unidos do tablóide The Funnies, pela Dell Publishing. A revista compilava as tiras que eram publicadas regularmente nos jornais e se tornou um grande sucesso de vendas, criando um novo nicho no mercado editorial. The Funnies seguiu até 1930. Em 1936, a Dell lançou uma segunda edição, que durou até 1942.
As revistas em quadrinhos, que a princípio publicavam apenas compilações das tiras e páginas dominicais dos jornais, basicamente do gênero cômico, começaram a mostrar outros gêneros, como policial, terror, aventura. O lançamento da revista Action Comics nº 1, em junho de 1938, publicada pela editora norte-americana DC Comics, uma empresa ligada ao grupo Time-Warner, deu início à Era de Ouro dos Quadrinhos e foi a primeira aparição de Superman, um herói com superpoderes, criação de Jerry Siegel e Joe Shuster, inaugurando um gênero que deixaria a indústria norte-americana na vanguarda dos quadrinhos mundiais.
Jerry Siegel e Joe Shuster |
Desde
então os quadrinhos se expandiram de maneira espetacular, tornando-se um dos
gêneros artísticos mais cultuados no mundo, encantando gerações e destacando
grandes artistas, dos quais o mais notório, por ter criado muitos dos super-heróis mais famosos, é o "imortal" Stan Lee.
Stan Lee - um mente criativa a serviço da nona arte |
A nona arte é conhecida por diferentes nomes nas diversas culturas do planeta, sendo chamada de quadrinhos ou gibi no Brasil, banda desenhada em Portugal, bande dessinée na França, fumetti na Itália, tebeos na Espanha, historietas na Argentina, manga no Japão etc.
Fontes:
História da História em Quadrinhos - Álvaro de Moya, Brasiliense, 1996
Quadrinhos e Arte Sequencial - Will Eisner, Martins Fontes, 1999
O Mundo dos Quadrinhos - Ionaldo Cavalcanti, Símbolo, 1977