quarta-feira, 29 de agosto de 2012

SAÚDE


Tabagismo


O tabagismo é uma toxicomania caracterizada pela dependência física e psicológica do consumo de nicotina, substância presente no tabaco.

O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. Um em cada dois fumantes morrerá de uma doença relacionada ao tabagismo. O total de mortes decorrentes do cigarro já chega a 5 milhões por ano, ou mais de 10 mil mortes/dia. A cada 8 segundos morre uma pessoa graças ao tabagismo. A cada 30 segundos alguém morre de câncer de pulmão. O tabagismo é principal causa de muitas doenças pulmonares, como a bronquite crônica, o enfisema pulmonar e o câncer de pulmão. Está associado ainda a doenças cardiovasculares e a tumores em vários outros locais do corpo.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), não existem níveis seguros de consumo do tabaco. O tabagismo é o responsável por cerca de 30% das mortes por câncer, 90% das mortes por câncer do pulmão, 25% das mortes por doença coronariana, 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica e 25% das mortes por derrame cerebral.


Tabagismo no Mundo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que haja 1,3 bilhão de fumantes no globo, ou um terço da população adulta mundial. A cada 8 segundos, uma pessoa começa a fumar em alguma parte do mundo.

Os países com maior número de fumantes no mundo são China, Estados Unidos, Japão, Rússia e Indonésia, respectivamente.

A cada três cigarros acesos no mundo, um é na China. Cerca de 15 bilhões de cigarros são consumidos diariamente, ou 10 milhões a cada minuto. Aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina no mundo são fumantes. Entre os jovens, um em cada cinco adolescentes com idades entre 13 e 15 anos fumam.


Tabagismo no Brasil

Estima-se que ocorram, a cada ano, 125.000 mortes no país por doenças associadas ao fumo. De acordo com estimativas da OMS, dos 1,3 bilhão de fumantes existentes no mundo, 2% são brasileiros.

Segundo dados do INCA, o tabagismo é uma doença que atinge um terço da população brasileira adulta (32,6%), sendo que 11,2 milhões são mulheres e 16,7 milhões, homens.
Segundo levantamento feito pelo Ministério da Saúde, as cinco capitais brasileiras com maior número de fumantes são Porto Alegre (RG) e Rio Branco (AC), com 21,2% da população fumante, Porto Velho (RO), com 19,2% da população fumante, Macapá (AM), com 19,1% da população fumante e Curitiba (PR), com 18,8% da população fumante.
Segundo levantamento feito pelo Ministério da Saúde, as cinco capitais brasileiras com menor número de fumantes são Salvador (BA), com 9,5% da população fumante, São Luís (MA), com 9,5%, Aracaju (SE), com 12,3%, Natal (RN), com 13,5% e Palmas (TO), com 13,8% da população fumante.

Conforme o Ministério da Saúde brasileiro, a fumaça do cigarro contém cerca de 4.720 substâncias tóxicas, incluindo arsênico, amônia, substâncias cancerígenas, corantes e agrotóxicos em altas concentrações, além da nicotina, substância responsável pela dependência. Imagine a quantidade de toxidade que todos os toxicômanos dispersam no planeta Terra todos os dias.


Substâncias contidas no cigarro

Veja algumas substâncias que compõem o cigarro e saiba onde elas também podem ser encontradas. São mais de 4.000 produtos químicos, sendo mais de 50 deles comprovadamente cancerígenos:

Acetaldeído: produto metabólico primário do etanol no processo de transformação em ácido acético. É um dos agentes responsáveis pela ressaca.
Acetileno: gás formado pela ação da água sobre a hulha ou carvão natural, encontrado nos maçaricos para solda industrial.
Acetona: líquido inflamável, volátil e fragrante, obtido por destilação seca do acetato de cálcio usado como solvente.
Ácido cianídrico: Cianeto altamente venenoso (bloqueia a recepção do oxigénio pelo sangue).
Acroleína: componente que provoca o mau hálito na boca.
Alcatrão: substância tóxica e cancerígena que ajuda no desenvolvimento do vício. Ele obstrui as vias respiratórias.
Amoníaco: químico perigoso utilizado em produtos de limpeza.
Arsênico: componente altamente nocivo utilizado como veneno para matar formigas.
Benzeno: encontrado em pesticidas, detergentes e gasolina.
Benzopireno: substância cancerígena que ajuda no processo de combustão – faz com que o cigarro não se apague.
Butano: gás incolor, inodoro, mas altamente inflamável usado para fluidos de isqueiros e gás de cozinha.
Cádmio: elemento metálico branco contido nas baterias de automóveis.
Chumbo: elemento metálico presente em tintas, soldas e munições para armas de fogo.
Cianeto de hidrogênio: câmaras de gás.
Cloreto de vinila: plásticos em geral.
DDT: (sigla de Dicloro-Difenil-Tricloroetano) é o primeiro pesticida moderno, tendo sido largamente usado após a Segunda Guerra Mundial para o combate aos mosquitos vetores da malária e do tifo.
Dietilnitrosamina: substância do grupo das nitrosaminas causadora de lesões no fígado.
Fenol: ácido carbólico que corrói e irrita as membranas mucosas. Caso fosse ingerido ou inalado seria mortal. Além de ser corrosivo, afeta também o nosso sistema nervoso central.
Formaldeído: fluido para embalsamamento de cadáveres.
Formol: solução de aldeído fórmico usada como anti-séptico.
Fósforo P4 e P6: produtos de limpeza, veneno para ratos e fertilizantes.
Mercúrio: elemento metálico, pesado, branco-prateado, líquido e venenoso. Um único cigarro contém 1 a 2 mg, pelo que como a média de vida destas substâncias é de 10 a 30 anos, reduz a capacidade dos pulmões. Entre outros problemas também causa: dispnéia, fibrose pulmonar, enfisema, hipertensão, câncer nos pulmões, próstata, rins e estômago.
Metanol: álcool metílico usado como combustível de foguetes e automóveis.
Monóxido de carbono: gás inflamável e extremamente radioativo presente na fumaça dos escapamentos de automóveis.
Naftalina: substância cristalina branca, volátil, com odor característico antitraça.
Nicotina: alcalóide cancerígeno usado como veneno para matar baratas.
Níquel: elemento metálico branco-prateado, usado principalmente em ligas. Armazena-se no fígado e rins, coração, pulmões, ossos e dentes – resultando em gangrena dos pés, causando danos ao miocárdio etc.
Pireno: hidrocarboneto cancerígeno, utilizado como aromatizante.
Polônio 210: armas nucleares e velas de ignição de veículos, extremamente radioativo.


A nicotina e seus efeitos

Nicotina é o nome de uma substância alcalóide básica, líquida e de cor amarela, que constitui o princípio ativo do tabaco. Seu nome se deve ao diplomata francês Jean Nicot que foi o difusor do tabaco na Europa. A nicotina age sobre os receptores nicotínicos de acetilcolina. Em pequenas quantidades, estimula estes, o que causa uma liberação de adrenalina e emoção. Em grandes quantidades, bloqueia-os, sendo esta a causa da sua toxicidade e eficácia como inseticida.

O seu efeito, quando consumida como tabaco, manifesta-se de duas maneiras distintas: tem um efeito estimulante e, após algumas tragadas profundas, tem efeito tranquilizante, bloqueando o stress. Seu uso causa dependência psíquica e física, provocando sensações desconfortáveis na abstinência. Em doses excessivas, é extremamente tóxica: provoca náuseas, dor de cabeça, vômitos, convulsão, paralisia e até a morte. A dose letal (LD50) é de 0,4 mg/kg em adultos.

Na indústria, é obtida através da planta Nicotiana tabacum. É utilizada na agricultura como um inseticida respiratório sob a forma de sulfato de nicotina e na pecuária como vermífugo. Pode ainda ser convertido para o ácido nicotínico e, então, ser usado como suplemento alimentar.

A nicotina, presente no tabaco, também está associada à redução da ingestão alimentar e peso por meio da ativação, no hipotálamo, de um grupo de neurônios que controlam a saciedade. Por isso, muitos fumantes resistem em largar o vício.

Os efeitos do tabaco no corpo humano*


As pesquisas indicam que as pessoas que começam a fumar na adolescência (como ocorre em mais de 70% dos casos) e continuam fumando por duas décadas ou mais morrem 20 a 25 anos mais cedo do que aquelas que nunca acenderam um cigarro. Não é somente o câncer de pulmão ou uma doença do coração que causa graves problemas de saúde e morte. Conheça os efeitos (da cabeça aos pés) menos divulgados do uso do fumo:

1. Perda de cabelo

O fumo debilita o sistema imunológico, deixando o corpo mais vulnerável a doenças como o lupus eritematoso, que provoca perde de cabelo, ulcerações da boca e exantemas no rosto, couro cabeludo e nas mãos.

2. Cataratas

Acredita-se que o fumo causa ou agrava várias afecções dos olhos. Os fumantes acusam uma incidência 40% maior de catarata, uma perda de transparência do cristalino que bloqueia a luz e pode levar à cegueira. O fumo causa cataratas de duas maneiras: irritando os olhos e liberando nos pulmões agentes químicos que depois chegam aos olhos, levados pela corrente sangüínea. O tabagismo está relacionado também com a degeneração macular dos idosos, uma doença incurável dos olhos causada pela deterioração da parte central da retina, denominada mácula. A mácula é responsável pela focalização central da visão e controla a nossa capacidade de ler, dirigir automóvel, reconhecer rostos ou cores e ver detalhes dos objetos.

3. Formação de rugas

O fumo envelhece a pele prematuramente, removendo proteínas que lhe dão elasticidade, privando-a de vitamina A e restringindo a circulação do sangue. A pele do fumante é seca, áspera e enrugada, especialmente ao redor dos lábios e dos olhos.

4. Perda de audição

Como o uso do fumo cria placas nas paredes dos vasos sangüíneos, reduzindo o fluxo de sangue para o interior do ouvido, o fumante pode perder a audição mais cedo do que os não fumantes e é mais suscetível à perda de audição causada por infecções dos pavilhões auriculares ou ruído forte. O fumante tem também três vezes mais probabilidade do que os não fumantes de contrair infecções do labirinto que podem levar a outras complicações, tais como meningite e paralisia facial.

5. Câncer da pele

O uso do fumo, embora não cause melanoma (forma por vezes letal de câncer cutâneo), aumenta as probabilidades de morte por essa causa. Os fumantes apresentam um risco duas vezes maior de contrair câncer das células escamosas cutâneas – um câncer que provoca na pele o aparecimento de escamas e erupções avermelhadas.

6. Deterioração dos dentes

O fumo interfere na química da boca, criando excesso de tártaro, amarelando os dentes e contribuindo para a sua deterioração. Os fumantes têm probabilidade uma vez e meia maior de perder os dentes.

7. Enfisema

Além do câncer pulmonar, o uso do fumo causa enfisema, uma dilatação e ruptura dos alvéolos pulmonares que reduz a capacidade dos pulmões de receber oxigênio e expelir dióxido de carbono. Em casos extremos, uma traqueotomia permite ao paciente respirar. Faz-se uma abertura na traquéia e um ventilador força a entrada de ar no pulmão. A bronquite crônica cria uma acumulação de muco purulento, resultando em tosse com dores e dificuldade de respirar.

8. Osteoporose

O monóxido de carbono (principal gás venenoso liberado como escape dos automóveis) e a fumaça do tabaco, aglutinam-se mais rapidamente com o sangue do que o oxigênio, reduzindo em até 15% a capacidade do sangue do fumante inveterado de transportar oxigênio. Devido a isso, os ossos do fumante perdem densidade, fraturam-se mais facilmente e levam até 80% mais tempo para se recuperar. Os fumantes podem ser também mais suscetíveis a problemas da coluna vertebral: um estudo mostra que os operários que fumam têm cinco vezes mais probabilidades de sofrer dores lombares após um ferimento.

9. Doenças cardíacas

Uma a cada três mortes no mundo deve-se a causas cardiovasculares. O uso do fumo figura entre os principais fatores de risco associados às doenças cardiovasculares. Essas
afecções matam mais de 1 milhão de pessoas por ano nos países em desenvolvimento. As doenças cardiovasculares relacionadas com o tabagismo matam mais de 600.000 pessoas por anos nos países desenvolvidos. Fumar acelera os batimentos cardíacos, eleva a pressão sangüínea e aumenta o risco de hipertensão e obstrução das artérias, vindo, com o tempo, a causar ataques cardíacos e derrame cerebral.

10. Úlcera gástrica

Fumar reduz a resistência às bactérias que causam úlcera gástrica. Além disso, compromete a capacidade do estômago de neutralizar ácidos após uma refeição, deixando o ácido atacar o revestimento estomacal. As úlceras dos fumantes são mais difíceis de tratar e têm mais probabilidade de ocorrer.

11. Descoloração dos dedos

O alcatrão contido na fumaça do tabaco acumula-se nos dedos e nas unhas, deixando-as manchadas com um marrom amarelado.

12. Câncer uterino e abortamento

Além de aumentar o risco de câncer cervical e uterino, o fumo cria problemas de fecundidade para mulheres, bem como complicações durante a gravidez e no parto. Fumar durante a gravidez aumenta o risco de bebês com peso baixo e de futuras consequências nocivas para a saúde. O abortamento é duas a três vezes mais comum em fumantes, o mesmo ocorrendo com as perdas fetais devidas à privação de oxigênio e as anormalidades da placenta induzidas pelo monóxido de carbono e pela nicotina. A síndrome de morte súbita do lactente também está associada com o uso do fumo. Ademais, fumar pode reduzir os níveis de estrogênio, causando menopausa prematura.

13. Impotência e Infertilidade

Fumar pode deformar os espermatozóides e danificar o seu DNA, fato que poderia causar abortamento ou defeitos congênitos. Alguns estudos mostraram que os homens que fumam têm maior risco de gerar filhos sujeitos a contrair câncer. Fumar diminui também a contagem de espermatozóides e reduz o fluxo de sangue para o pênis, o que pode causar impotência devido ao estreitamento das artérias (do pênis e do corpo). A infertilidade é mais comum entre os fumantes.

14. Psoríase

O fumante tem duas a três vezes mais probabilidade de contrair psoríase, uma afecção inflamatória cutânea não contagiosa que causa o aparecimento de pálpulas avermelhadas com secreção pruriente em todo o corpo.

15. Doença de Buerger

A doença de Buerger, também chamada tromboangeíte obliterante, é uma inflamação das artérias, das veias e dos nervos das pernas, principalmente, causando restrição do fluxo sanguíneo. Não tratada, a doença de Buerger pode resultar em gangrena (necrose de tecidos do corpo) e amputação das áreas comprometidas.

16. Câncer

Já foi demonstrado que cerca de 50 elementos contidos no tabaco causam câncer. O fumante tem de 16 a 22 vezes mais probabilidades de contrair câncer pulmonar que os não fumantes. Segundo diversos estudos, quanto mais tempo uma pessoa fuma, maior o risco de contrair diversas outras formas de câncer, inclusive cânceres do nariz (duas vezes); da língua; da boca, das glândulas salivares e da faringe (6 a 27 vezes); do esôfago (8 a 10 vezes); da laringe (10 a 18 vezes); do estômago (2 a 3 vezes); dos rins (5 vezes); da bexiga (três vezes); do pênis (duas a três vezes); do pâncreas (duas a cinco vezes); do cólon e do reto (três vezes); e do ânus (cinco a seis vezes). Alguns estudos mostraram também uma ligação entre tabagismo e câncer de mama.

* Adaptação atualizada de “O corpo do fumante” publicado pela primeira vez pela revista COLORS nº 21, de julho-agosto de 1997. Produção da MNH Comunications. Criando espaço para a saúde pública. OMS, Genebra, 2001.

Efeitos danosos ao Planeta


Além dos danos à saúde (entre mais de 50 doenças diretamente relacionadas ao tabagismo), ao longo da cadeia de produção do tabaco, há fatores que afetam o meio ambiente e toda a sociedade, como o uso de agrotóxicos, adoecimento dos fumicultores, inclusive crianças e adolescentes, desmatamento, incêndios, resíduos urbanos e marinhos.

Com o objetivo de conscientizar a população sobre o assunto e diminuir os riscos desses tipos de doenças, o governo aprovou, em 1986, a Lei Federal nº 7.488, que estabeleceu o dia 29 de agosto como Dia Nacional de Combate ao Fumo, criando assim, o compromisso de elaborar campanhas de combate ao tabagismo.

Essa iniciativa também é praticada em todo mundo no dia 31 de Maio, conhecido como Dia Mundial sem o Tabaco, que movimenta todos os países na luta contra o vício.

Quem realmente ganha com o tabagismo?



As grandes transnacionais de tabaco, que colocam seus lucros acima da saúde e da vida das pessoas, não querem perder os bilhões de dólares que obtém, principalmente em países pobres ou em desenvolvimento, onde tem a garantia:
  • de um grande contingente de jovens a serem induzidos ao consumo de cigarros e outros produtos de tabaco;
  • da mão-de-obra barata para a produção desses produtos a baixo custo;
  • de manter 1,3 bilhão de pessoas dependentes e expostas diariamente aos milhares de componentes tóxicos dos produtos de tabaco.
Cerca de 80% das pessoas que morrem de doenças ligadas ao fumo são originárias de países de baixa renda ou média. A indústria de tabaco explora a ignorância das pessoas a respeito do efeito real do tabagismo e desinforma para sabotar as políticas de saúde que poderiam salvar milhões de vidas.

Uma questão importante


Mas se o cigarro é uma droga tão mortal e o tabagismo causa tantos prejuízos ao planeta, por que, então, os governos não proíbem a sua fabricação?

Talvez seja porque as fábricas de cigarros pagam bilhões de dólares de impostos aos governos em todo o mundo. Em outras palavras, os fabricantes de cigarros são traficantes de drogas e os governos das nações são subornados por eles para permitir a fabricação, mesmo sabendo do seu efeito devastador sobre a população dos seus países. É inacreditável e chocante, mas é a dura realidade.

A verdade é que a solução para esse problema jamais partirá de qualquer governo, muito menos de grandes empresários do ramo da tabacaria, mas tão somente por parte de cada ser humano consciente, seja fumante ativo ou fumante passivo. No dia em que todos entenderem que a vida é mais preciosa que qualquer sensação efêmera de prazer, não haverá mais necessidade de combater as drogas.


7 Dicas importantes para deixar de fumar


1) Tome a decisão definitiva de parar de fumar. Dúvidas como “Por que vou parar de fumar se vou morrer mesmo” ou “Fulano morreu e nem fumava” não levam a lugar algum e minam as chances de sucesso. Portanto, tenha em mente que você realmente quer parar.
2) Avalie seu grau de dependência. É importante descobrir se você tem chances de conseguir parar sem ajuda médica. Rotina e programas sociais contam muito na decisão.
3) Elabore uma estratégia, considerando as circunstâncias mais adequadas. Será que não fica mais fácil dar o primeiro passo nas férias, longe dos amigos fumantes? Escolha o que é melhor para você.
4) Inicie o processo de redução. Ir diminuindo o número de cigarros consumidos por dia pode ajudar a amenizar os sintomas da abstinência.
5) Mude seus hábitos e faça exercícios físicos. É importante evitar situações “de risco”, como lugares frequentados por fumantes. A prática de esportes com regularidade, além de ser extremamente prazerosa, melhora sua qualidade de vida e a saúde do seu organismo.
6) Se necessário, use pastilhas e gomas de nicotina. Vendidos sem prescrição médica, eles devem ser encarados como uma substituição ao cigarro até que você deixe o vício definitivamente. Esses subterfúgios ajudam a perder o hábito de fumar, principalmente em ambiente sociais.
7) Controle a ansiedade. Algumas dicas parar enfrentá-la são: escovar os dentes com frequência, comer frutas, ter algo em mãos para poder rabiscar. Não fique parado. Quando a ansiedade bater, converse com alguém e tente se distrair.

7 razões para deixar de fumar e seus benefícios


1) Saúde – mais energia, mais disposição e melhor concentração para realizar as atividades importantes da vida;
2) Autoestima – otimismo e orgulho de si mesmo, adquirindo mais confiança e controle sobre as decisões que tomar na vida.
3) Qualidade de vida – menor suscetibilidade a doenças relacionadas ao tabagismo como: ataques cardíacos, câncer, enfisema pulmonar, catarata, etc.
4) Estética – melhor aparência, dentes brancos, hálito puro, sem tosses constantes ou respiração ofegante.
5) Sociabilidade – melhor aceitação por parte daqueles que não suportam aquele cheiro terrível que a fumaça do cigarro deixa no ar, no corpo e nas roupas.
6) Consciência – sem culpa por expor outras pessoas aos riscos do tabagismo, tornando-os fumantes passivos e contribuindo para a destruição da vida no planeta.
7) Economia – mais dinheiro para realizar aquele projeto há muito esquecido, ou simplesmente comprar o que quiser.

Respeite a sua saúde e preserve a vida no planeta. Pare de fumar e faça parte também da luta por uma vida 100% saudável.

Fontes:

Instituto Nacional do Câncer - INCA
Organização Pan-Americada da Saúde - OPAS
Orgnização Mundial de Saúde - OMS

sábado, 11 de agosto de 2012

DIREITO


Advogado: Doutor por excelência



Segundo o Dicionário Michaelis, advogado é um "Profissional graduado em Direito, legalmente habilitado, que orienta e esclarece juridicamente a quem o consulta"


O Dia do Advogado é comemorado em 11 de agosto por ser a data da lei de criação dos cursos jurídicos no Brasil.
O termo Advogado provém do latim, “ad vocatus”, que significa aquele que foi chamado para socorrer outro perante a justiça. No Direito romano, designava a terceira pessoa que o litigante chamava perante o juízo para falar a seu favor ou defender os seus interesses.
Um advogado é um profissional liberal, bacharel em Direito e autorizado pelas instituições competentes de cada país a exercer o jus postulandi, ou seja, a representação dos legítimos interesses das pessoas físicas ou jurídicas em juízo ou fora dele, quer entre si, quer ante o Estado. Tal como o Juiz, o Promotor, o Defensor Público e os juristas em geral, o Advogado é um operador do direito imprescindível à manutenção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Por ser uma peça essencial para a administração da justiça e instrumento básico para assegurar a defesa dos interesses das partes em juízo, a atividade do advogado (advocacia) transcende a simples delimitação conceitual de profissão, alcançando o caráter de múnus publico. Impõe-se, portanto, para assimilação do exato sentido e alcance desse mister, buscar o significado dessa expressão, que denota "o que procede de autoridade pública ou da lei, e obriga o indivíduo a certos encargos em benefício da coletividade ou da ordem social".

Múnus, em latim, significa encargo, dever, ônus. Trata-se de obrigação decorrente de acordo ou lei, sendo que, neste último caso, denomina-se múnus público. O dever de prestar depoimento como testemunha, por exemplo, é considerado um múnus público, assim como o dever de votar (Art. 2º, § 2º da Lei 8.906/94 (Estatuto da OAB), Art. 359 do CP).

O advogado é o único profissional que pode ser chamado de “Doutor” sem possuir o doutorado. O título de Doutor foi concedido aos advogados por Dom Pedro I, em 1827. Não se confunde com o estabelecido pela Lei nº 9.394/96 (Diretrizes e Bases da Educação), aferido e concedido pelas Universidades.
O título de Doutor foi outorgado pela primeira vez no século XII aos filósofos – DOUTORES SAPIENTIAE, como por exemplo, Santo Tomás de Aquino, e aos que promoviam conferências públicas, advogados e juristas, estes últimos como JUS RESPONDENDI. Na Itália o advogado recebeu pela primeira vez título como DOCTOR LEGUM, DOCTORES ÉS LOIX. Na França os advogados eram chamados de DOCTORES CANONUM ET DECRETALIUM, mais tarde DOCTORES UTRUISQUE JURIS, e assim por diante em inúmeros outros países. Pesquisa histórica creditada ao digníssimo Doutor Júlio Cardella (Tribuna do Advogado, 1986, pág. 05), que considera ainda que o advogado ostenta legitimamente o título antes mesmo que o médico, uma vez que este, ressalvado o seu imenso valor, somente recebeu o título por popularidade.

O que é ser advogado?


Advogados são profissionais que usam as leis na defesa dos interesses do cliente, que pode ser um cidadão ou uma empresa, como seu representante contra os interesses de terceiros em qualquer instância, juízo ou tribunal.
Podem atuar nos vários campos do direito: constitucional, administrativo, tributário, comercial, civil, trabalhista, eleitoral e penal. O bacharel em direito pode trabalhar como advogado em escritórios particulares de advocacia, departamentos jurídicos de empresas públicas e privadas, ou seguir carreira pública, fazendo concurso para ser juiz, delegado de polícia, promotor de justiça, procurador ou defensor público.

 

Características necessárias para ser um bom advogado?

 

Um bom advogado precisa ter muito gosto por leitura, boa memória, capacidade de reflexão e de associação de ideias, boa argumentação e habilidade em negociação. Dominar o português formal e ser comunicativo é fundamental.

 

Qualidades essenciais:

  • autoconfiança
  • autocontrole
  • capacidade de análise
  • capacidade de convencimento
  • capacidade de negociação
  • capacidade de pensar e agir sob pressão
  • capacidade de síntese
  • discrição
  • espírito de investigação
  • gosto pela pesquisa e pelos estudos
  • gosto pelo debate
  • habilidade para mediar conflitos
  • iniciativa
  • interesse por temas da atualidade
  • senso crítico
  • senso de ética
  • senso de responsabilidade
  • probidade

 

Qual a formação necessária para ser um advogado?


Desse profissional é exigido o curso superior de direito, com duração de cinco anos,  em instituição de ensino, além de estágio obrigatório. Cumprindo as duas exigências, obtém-se o diploma de bacharel em direito. Entretanto, o exercício da profissão é regulamentado e só é permitido após a aprovação no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), uma prova complexa, com um alto índice de reprovação. Para ser bem-sucedido nesta área, são necessários sólidos conhecimentos em filosofia, lógica, política e economia; domínio da língua portuguesa e do vocabulário do direito; domínio da informática, particularmente da internet, adotada em massa pela área jurídica para pesquisar grande parte da legislação brasileira e internacional.
A obrigatoriedade dessa prova para a prática da advocacia é considerada inconstitucional por impedir o acesso à profissão por aqueles que concluem o curso de direito. Especialmente por que não há essa exigência com os outros cursos superiores.

 

Principais atividades de um advogado


Em qualquer ramo, as principais atividades dos advogados são:
  • atendem clientes, avaliam seus casos, recomendam os procedimentos necessários em cada caso e prestam assistência durante todo o processo, muitas vezes implicando participação ativa na vida pessoal do indivíduo ou no cotidiano da empresa;
  • pesquisam o histórico do caso e de outros semelhantes, que formam a chamada jurisprudência;
  • participam de reuniões de discussão do processo com sócios, assistentes, pesquisadores e pessoal de apoio, para debater os vários caminhos que um processo pode tomar;
  • encaminham processos à justiça e acompanham seu andamento em todas as instâncias;
  • promovem investigações ou acompanham as investigações da polícia e apresentam recursos;
  • preparam defesas e alegações;
  • participam de audiências e julgamentos, interrogando testemunhas e argumentando com o juiz ou com o corpo de jurados, em se tratando de tribunais de júri;
  • o advogado pode ainda aprofundar seus estudos legais e transformar-se em jurista, prestando consultoria de alto nível a governos e instituições, ou dedicar-se ao ensino do direito.

 

Áreas de atuação e especialidades


Atualmente a advocacia é uma profissão mundialmente conhecida e sua atuação permeia quase todas as áreas das relações humanas, tendo sido necessário a ampliação e o desmembramento em ramos e especialidades.

  • Advocacia Pública - Representa os interesses da União, Estados e Municípios, zelando pela legalidade de seus atos. Defender cidadãos que não podem arcar com despesas de processo.
  • Advocacia - Representação de empresas, instituições ou pessoas físicas em ações, processos ou contratos que envolvam clientes, sejam réus, vítimas ou simples interessados.
  • Direito Administrativo - Aplica normas e legislações específicas que regulam as atividades do poder público, empresas estatais, autarquias e fundações públicas na relação com empresas privadas e com cidadãos.
  • Direito Civil - Esta é uma área muito ampla que se subdivide em Direito das Coisas (propriedade e posse de bens); Direito de Família (divórcios, testamentos e heranças); e Direito das Obrigações (compra, venda, locação e empréstimos).
  • Direito Ambiental - Trabalha em ONGs e empresas públicas ou privadas, atuando em questões que envolvam a relação do homem com o meio ambiente, visando a preservação deste.
  • Direito Comercial - Atua na intermediação das relações jurídicas que se referem ao comércio, participando da abertura, funcionamento e encerramento das empresas.
  • Direito do Consumidor - Atua no campo das relações jurídicas que envolvam qualquer relação de consumo, visando preservar os direitos dos consumidores em face das empresas que fornecem bens e serviços.
  • Direito de Propriedade Intelectual - Atua na área de direitos autorais, protegendo os autores da falsificação, plágio e roubo de suas obras.
  • Direito Penal ou Criminal - Preparação e apresentação de defesa ou acusação em juízo em ações que envolvam crime ou contravenção contra pessoa física ou jurídica. O advogado é responsável pela defesa, podendo atuar como assistente na acusação.
  • Direito Tributário - Aplicação das normas que regulam a arrecadação de impostos e taxas, obrigações fiscais e tributárias.
  • Direito Trabalhista ou Previdenciário - Representação de pessoas físicas ou jurídicas em disputas referentes à relação entre empregado e empregador em causas ligadas ao contrato de trabalho, previdência social e ações sindicais.

 

Mas a principal atribuição de um advogado é postular em juízo (mover ações judiciais), a direito seu ou de outrem. Assim, os advogados atuam, além de prestar consultoria jurídica que consiste na verificação de negócios importantes sob o aspecto legal, para prevenir problemas de futuros e eventuais litígios, seja "auditando" ou "controlando", para se usar a terminologia da Ciência da Administração. O advogado também pode ser especialista em uma área (ramo) do Direito, como o advogado criminalista, por exemplo.
Em geral, a atividade do advogado é unificada, exceto na Inglaterra, em que há divisão entre “barristers” que atuam nos tribunais superiores, e os “solicitors”, que advogam nos tribunais e juízos inferiores e lidam diretamente com os clientes.

Mercado de trabalho


Apesar do grande número de bacharéis formados, o mercado ainda é promissor para aqueles que adquirem uma excelente formação. Mas, infelizmente, a qualidade média dos cursos ainda é muito baixa - o índice de reprovação na prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) é muito alta, trazendo como consequência a falta de bons profissionais em todo o país.
Atualmente, no Brasil, há ótimas oportunidades no setor privado, especialmente nas seguintes especializações: direito autoral (advogando para artistas, gravadoras de disco e fabricantes de software no combate à "pirataria"), direito ambiental (assessorando indústrias de atividades poluidoras), direito tributário (trabalhando para empresas na redução da carga de impostos), direito do consumidor e comercial (na área de fusões, aquisições e privatizações de empresas). Em contrapartida, no setor público, todos os anos são realizados vários concursos para pessoas formadas em direito - entre os cargos de promotores, defensores públicos, delegados e juízes.

Curiosidades


A profissão ou o exercício da advocacia “lato sensu”, vem de longa data. Demóstenes (384-322 a.C.) teria sido o primeiro grande Advogado da Grécia, inicialmente ao empregar sua eloquência no combate aos projetos ambiciosos de Filipe, rei da Macedônia (385-336 a.C.), numa série de discursos chamados Filípicas e, depois, na defesa de Ctesifonte, em arenga intitulada Oração da Coroa.
Desde que o homem passou a viver em sociedade foram criadas normas de comportamento, impondo limites aos indivíduos. Na Ásia e na África foram encontrados registros milenares que estabeleciam regras para uma convivência pacífica, em tribos nômades, portanto a história do Direito acompanha a da sociedade, evoluindo com ela.
O Direito é legado de muitas civilizações, mas a herança mais valiosa para a legislação brasileira foi a romana. Desde a origem de Roma até a morte de Justiniano, em 565 a C. foi sendo criado um código legislativo o qual é base da justiça, ou seja, com institutos, práticas e entendimentos doutrinários ainda vigentes. Influências também significativas foram as do Império Germânico, da Igreja, de movimentos da Idade Média, da Revolução Industrial, e de muitos outros movimentos, pois o Direito evolui de acordo com a sociedade e, inevitavelmente, se molda a ela.

Onde achar mais informações


Fontes:

SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 27ª edição - São Paulo: Malheiros, 2006. (ISBN 85-7420-740-3)

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

HISTÓRIA


Campo Maior – Berço de Heróis

Campo Maior é uma cidade brasileira do Estado Nordestino do Piauí.
A distância de Campo Maior à capital (Teresina) é de 84 km. Neste dia 8 de agosto de 2012, completou 250 anos de emancipação política.



LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA



Localiza-se à latitude 04º49'40" sul e à longitude 42º10'07" oeste, com uma altitude de 125 metros.

Desde o fim do século XX, seus limites são os seguintes:

Ao Norte: com os municípios de Cabeceiras do Piauí e José de Freitas;
Ao Sul: com Jatobá do Piauí, Sigefredo Pacheco e Novo Santo Antônio;
Ao Leste: com Nossa Senhora de Nazaré e Cocal de Telha;
Ao Oeste: com Altos, Alto Longá e Coivaras.


HISTÓRIA




Campo Maior é conhecida como “Terra dos Carnaubais”, devido à presença marcante da Carnaúba (Copernicia prunifera). Com uma população de aproximadamente 46 mil habitantes e uma área territorial de 1.700 km², o município é marcado pelas belezas dos campos.

O povoamento da vila de Campo Maior teve início no século XVII, que recebeu primeiramente o nome de Longá. Acredita-se que o primeiro morador do município foi D. Francisco da Cunha Castelo Branco, fidalgo português que fundou algumas fazendas de gado em terrenos da freguesia de Santo Antônio do Surubim, depois Campo Maior. Na época, as principais atividades econômicas consistiam em tarefas rurais.

Segundo o jurista campo-maiorense, Valdivino Tito, em 8 de Agosto de 1762, a vila foi elevada à condição de cidade. Na época, ganhou o nome atual que, segundo os moradores, foi lhe dado pelas primeiras famílias que ao avistarem o local, afirmaram: “aqui é o campo maior”.

A instalação, presidida pelo Governador da Capitania do Piauí, João Pereira Caldas, foi assistida pelo conselheiro ultramarino, Francisco Marcelino de Gouvêa e pelo ouvidor geral do Piauí, Luís Duarte Freire.

Em 1823, travou-se no Município, às margens do rio Jenipapo, renhida batalha entre nativos e as tropas portuguesas, local onde se encontra erigido um majestoso monumento em homenagem aos nossos heróis e mártires da Independência do Brasil.


A Batalha do Jenipapo

Cemitério dos Heróis do Jenipapo em Campo Maior

Campo Maior foi palco da violenta Batalha do Jenipapo, que consolidou a independência do Brasil. A Independência do Brasil foi marcada no Sul por aplausos e festas. No norte, porém, por fome, peste, sangue e morticínio. A Batalha do Jenipapo (lamentavelmente esquecida por nossos historiadores durante muito tempo) foi a mais violenta e única batalha sangrenta empreendida pela Independência. Ocorrida a 13 de março de 1823, às margens do rio Jenipapo, teve papel decisivo para manter a unidade territorial do país. Consistiu na luta de vaqueiros, agricultores e outros trabalhadores contra as tropas do Major João José da Cunha Fidié, comandante das tropas portuguesas que cumpria ordens de D. João VI, Rei de Portugal, para manter o norte do Brasil (rico em gado bovino) sob o domínio português.

Desprovido de armas e sem a menor experiência de guerra, o povo do Piauí, auxiliado por alguns maranhenses e cearenses, lutou bravamente com facões, foices e outros instrumentos de trabalho para proteger sua querida terra, impedindo que Fidié chegasse a Oeiras (então capital do Piauí), onde certamente não encontraria resistência e alcançaria seu intento. Os “Heróis do Jenipapo” perderam a batalha, mas não a guerra, pois forçaram Fidié a seguir para o Maranhão, onde, cercado por piauienses e cearenses, se rendeu e foi preso em 31 de julho de 1823. A Batalha do Jenipapo foi o retrato da bravura de um povo na luta pela sua liberdade.

Em reconhecimento à bravura dos combatentes independentes, o poeta Carlos Drummond de Andrade, imortalizou-os no poema “Cemitérios” (In Fazendeiro do Ar. item II. Campo Maior): “No cemitério de Batalhão os mortos do Jenipapo / Não sofrem chuva nem solo telheiro os protege / Asa imóvel na ruína campeira”.


RELEVO

A bela Serra de Santo Antonio em Campo Maior

O município de Campo Maior não possui grandes elevações e as planícies predominam na bacia sedimentar do Meio Norte, sendo sua baixada no rio Longá a de maior significação, onde há zonas intercaladas de "Cuestas" com chapadas de altitudes de 150 a 300 metros na parte Leste, em que ocorre surgimento da Serra de Santo Antônio (um prolongamento da Serra da Ibiapaba) e as elevações de acesso a Castelo do Piauí e Pedro II.


CLIMA

Campo Maior tem clima quente com uma temperatura média de 28º C.

O belíssimo Açude Grande


HIDROGRAFIA

Banhado pelos rios Longá, Jenipapo, Surubim, Titara e Fundo, que não são perenes, e os riachos Longazinho, Pontilhão, Jatobá, Angelim, Pintadas, Camaleão, Salubre e as lagoas de Búfalo, Sucurujá, Batoque, Arraial, Tuturumbá e Olaria, o município possui dezenas de açudes e barragens, destacando-se pela sua localização privilegiada o Açude Grande, no perímetro urbano, e as barragens do Emparedado, Bananeiras, Boqueirão, Corredores, Formiga, Surubim e Estrela, que podem reter considerável volume de água durante os períodos normais de chuvas. Merecem destaque, tanto por suas belezas quanto para recanto de lazer e banhos, as cachoeiras - quedas d'águas - no rio Foge Homem, na fazendo Pedras Negras, do Jatobá, no rio Jatobá, do Gavião e dos Pereiras, no lugar Buritizinho, Bica do Amarante, no lugar Frutica/Macacos, e finalmente as bicas e piscinas naturais existentes na Serra de Santo Antônio.


SOLO

Com formação de rochas do tipo "folhelhos" na formação Longá, a espessura variada que chega a atingir cerca de 150 metros, sofre um adelgaçamento para o sul, susceptível à erosão e acidez em grandes extensões. No subsolo há grandes reservas d'água e por isso Campo Maior já conta com mais de 300 poços perfurados e atendendo diversas comunidades e fazendas.


VEGETAÇÃO


Pela determinação do clima e solo, o município possui preponderantemente a sua vegetação concentrada no cerrado em transição para caatinga, vegetação rasteira com pouca predominância de árvores. Os campos limpos - as campinas - são características muito marcantes na região e ocupando extensas áreas afiguram-se ser adequadas a pecuária e à produção de cera, matéria-prima extraída das carnaubeiras nativas, uma das principais riquezas da microrregião de Campo Maior. Na região leste, entretanto, caracterizada por solos areno-argilosos, de matas, encontram-se inúmeras variedades de árvores frondosas como o angico preto, branco, a candeia, a faveira, a gameleira, chapadeiro, mirindiba, oiticica, jatobá, pereiro, sapucaia, umurana, entre outras.


ECONOMIA

A economia local está baseada nas atividades comerciais, na agricultura, na pecuária e no extrativismo. A cidade possui potencial como produtora de caprinos e ovinos, que se adaptam com facilidade às condições climáticas da região. Além disso, o município é um dos maiores produtores de gado de corte, abastecendo a capital e as cidades vizinhas.


Campo Maior concentra também um dos maiores pólos religiosos do Nordeste, contando com a Catedral de Santo Antônio, que atrai turistas para os maiores festejos Católicos do estado.


CULTURA

Biblioteca


A Biblioteca Municipal de Campo Maior foi criada em 1940, através do Decreto-Lei Nº 38, de 29 de outubro de 1940, época da gestão do prefeito Francisco Alves Cavalcante.

Literatura

A Terra dos Carnaubais conta com Escritores Consagrados como:

  • Monsenhor Chaves
  • Pe. Cláudio Melo
  • Elmar Carvalho
  • João Alves
  • Jonas Braga
  • Raimundo Nonato Monteiro de Santana
  • Abdias Silva
  • Geraldo Fontinele
  • Cláudio Pacheco Brasil
  • Zé Omar
  • Evaldo Lopes (poeta)
  • José Augusto Paz Ximenes Furtado
  • Helano Lopes (poeta)
Cunha Neto entre sua esposa Ana e a Filha Ana Maria

José da Cunha Neto nasceu em 2 de Junho de 1924. Escreveu vários livros e centenas de poesias no estilo literatura de cordel sobre Campo Maior, sua história e seu povo. Ocupou a cadeira 12 da Academia Campomaiorense de Artes e Letras - ACALE. O poeta foi homenageado com diversas comendas, entre elas, a Medalha do Mérito Heróis do Jenipapo. Cunha Neto faleceu em 7 de Fevereiro de 2010.


ESPORTE


A cidade de Campo Maior conta com dois times de futebol que disputam o campeonato piauiense. Comercial e Caiçara são os dois clubes que realizam o clássico de Campo Maior.


TURISMO

O lindo pôr-do-sol de Campo Maior com suas garças selvagens sobrevoando toda a área verde do açude grande não pode deixar de ser fotografado. Campo Maior oferece opções de turismo religioso, histórico, cultural, de lazer e ecológico. A cidade abriga um dos maiores pólos religiosos da região Nordeste do Brasil, realizadas especialmente na Catedral de Santo Antônio. De forte apelo histórico, um de seus principais marcos é o Monumento Nacional do Jenipapo, construído em 1975, patrimônio histórico mais antigo da cidade. Os grandes eventos realizados no município acontecem no Complexo de Cultura e Lazer Valdir de Carvalho Fortes. Segue abaixo uma lista com os principais pontos turísticos:
Complexo de Cultura e Lazer Valdir Fortes

O Palacete dos Pacheco

Um elegante sobrado localizado na Avenida José Paulino, nº 496, no centro de Campo Maior, ao lado da residência do ex-prefeito Dácio Bona. O prédio é todo branco com traços arquitetônicos pré-modernistas com detalhes porticais. Sua preservação é de acordo com a Lei Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural Material e Imaterial. O Palacete teve sua construção iniciada em fins da década de 40 para se tornar propriedade da família Pacheco, sendo que o último membro da família a residir no Palacete foi o ex-prefeito Ivon Pacheco, que ali viveu até seu falecimento, em 1988.

O Açude Grande

 

Fonte de inspiração para os poetas, músicos, artistas e turistas que passam pelo local, o Açude Grande de Campo Maior é uma dos pontos mais visitados na cidade dos Heróis do Jenipapo. O Açude é também um santuário ecológico habitado por diversas aves como patos, marrecos, garças, peixes dentre outros. Lá os passeios prosaicos são os mais procurados por pessoas que fazem caminhadas nas passarelas que, ornamentadas de carnaúbas, enfeitam a cidade.

A Barragem dos Corredores

Com uma extensão de 22 km de espelho d’água, localizada na PI-115 (Campo Maior/Castelo do Piauí). Fica a aproximadamente 50 Km do centro da cidade.

A Serra dos Corredores (Serra Azul)

Outro ponto de visita obrigatória, situado nos arredores da cidade que surpreende também com banhos de água cristalina e gelada em suas piscinas naturais. Aos que praticam esportes radicais como rapel e trilhas, a área é bastante propícia para essas e outras modalidades esportivas.

O Monumento Nacional do Jenipapo


Erguido em 1975, inaugurado pelo governador Alberto Silva, situado à margem esquerda da BR-343 próximo ao rio Jenipapo, patrimônio histórico mais antigo da cidade, testemunha a bravura dos que, com seu sangue, preservaram a unidade nacional e deram eloquente exemplo de brasilidade às futuras gerações.

O Museu Zé Didor


Apreciador de relíquias, considerado um dos maiores museus particulares do mundo, com acervo de mais de 10.000 peças. Criado em 1993, localizado na antiga estação ferroviária de Campo Maior. A Prefeitura Municipal de Campo Maior dará início em breve à construção da Praça de Eventos onde, além de um centro de comercialização artesanal e palco para grandes shows funcionará o museu, tendo o acervo que traz expressões materiais que são tão vivas quanto a memória do povo.

Os Campos e Fazendas

Campo Maior também é muito conhecida por suas belas paisagens naturais e por suas fazendas históricas, onde se pode desenvolver o turismo rural e ecológico através de passeios a cavalo ou a pé nos tranquilos e vastos campos e banhar em barragens e lagos naturais.

O Memorial  Monsenhor Mateus

Erguido na Praça Bona Primo, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados ao município e ao povo de Campo Maior. Construído com recursos da comunidade, sob o comando importante de uma comissão. Inaugurado no dia 23 de maio de 1992.
Mateus Cortez Rufino, chegou em Campo Maior, no ano de 1941.


GASTRONOMIA

A gastronomia local tem como principal ícone a carne de sol, prato tradicional e obrigatório, tornando-se marca registrada na culinária de Campo Maior e, por isso, é possível ver mantos de carnes secando ao sol nas principais churrascarias e açougues da cidade. Outras comidas típicas são a Paçoca e Maria Isabel, sendo que essas apresentam o uso da Carne de Sol na preparação da comida.
A cultura local é tão influenciada pela criação do gado que, em 13 de março de 1984, foi inaugurado o Museu do Couro.
Recentemente, a cidade também conta com o Festival Gastronômico e Ecocultural Sabor Maior.


POLÍTICA

Até a presente data, Campo Maior já foi administrado pelos seguintes gestores municipais:
  • Francisco Alves Cavalcante
  • Aldemar Mendes de Melo (interino)
  • Vicencia Alves de Menezes Cavalcanti
  • Antonio da Costa Leitão (interino)
  • José Martins Lustosa (interino)
  • Sigefredo Pacheco
  • José Paulino de Miranda
  • Francisco Alves Cavalcanti
  • Luis Capucho do Vale (interino)
  • Nilo de Santana Oliveira (interino)
  • Raimundo Ney Bauman
  • Ascendino Pinto de Aragão
  • Edgar Miranda (duas interinidades)
  • Manoel Felício Pinto (interino)
  • Joaquim Oleveira (interino)
  • Valdeck Bona (3 vezes)
  • Ovídio Bona (interino)
  • Arão Santana (interino)
  • Humberto Bona (interino)
  • Aloísio Portela (interino)
  • Ivon Pacheco (interino)
  • R. N. Monteiro de Santana
  • Oscar Castelo Branco Filho
  • José Olímpio da Paz
  • Alípio Ibiapina (interino)
  • João de Deus Torres
  • Agenor Leite Melo (interino)
  • Benício Melo (interino por 2 dias)
  • Prof. Raimundo Nonato Andrade
  • Jaime da Paz
  • Dácio Bona
  • José Olimpio da Paz
  • Joaquim Mamede Lima
  • Cezar Ribeiro Melo
  • Raimundo Nonato Bona (Carbureto)
  • Marco Aurélio Bona
  • Antonio Lustosa Machado
  • Raimundo Nonato Bona (Carbureto)
  • Maria Deusuíte Correa Bona (interina, 3 meses)
  • Raimundo Nonato Bona (Carbureto)
  • João Félix de Andrade Filho
  • Edvaldo da Silva Lima
  • Luís Rodrigues Lima
  • Paulo Martins
  • João Félix de Andrade Filho
  • Paulo Martins (atual)
 
Fontes:

Prefeitura de Campo Maior
Governo do Estado do Piauí
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
www.180graus.com