O Alcoolismo ou Síndrome de Dependência Alcoólica é uma doença crônica e multifatorial, cujo desenvolvimento é atribuído a quantidade e frequência de uso do álcool, a condição de saúde do indivíduo e fatores genéticos, psicossociais e ambientais.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define o alcoolismo como um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após o uso repetido de álcool.
Origem Histórica
O Álcool é a droga mais antiga e mais usada no mundo. Segundo estudos arqueológicos, a bebida alcoólica originou-se na Pré-História, com a prática da agricultura e a invenção da cerâmica, no período Neolítico. O primeiro registro escrito da humanidade, o épico mesopotâmico intitulado “Epopeia de Gilgamesh”, faz referência ao vinho, atribuindo-lhe a capacidade de gerar a imortalidade.
Há aproximadamente 10.000 anos, por meio de processos de fermentação natural, o ser humano passou a consumir o álcool, atribuindo-lhe diferentes significados. Ao longo da História, o consumo e a produção de bebidas alcoólicas foram registrados por povos como os celtas, os gregos, os romanos, os egípcios e os babilônios.
O principal agente do álcool é o etanol (álcool etílico) que é o único tipo utilizado em bebidas, sendo produzido pela fermentação de grãos e frutas. A fermentação é um processo químico no qual um tipo de fungo age sobre certos ingredientes encontrados em alimentos, gerando, assim, o álcool.
Após o desenvolvimento do processo de destilação, surgem as primeiras bebidas mais fortes e mais perigosas. E com o advento da Revolução Industrial, a bebida passou a ser produzida em grande escala, aumentando consideravelmente o número de consumidores e, por consequência, os problemas sociais causados pelo abuso no consumo do álcool. Durante este período, o uso excessivo de bebida passa a ser considerado por alguns como uma doença ou tipo de desordem.
Em 1952, com a primeira edição do DSM-I (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) o alcoolismo passou a ser tratado como doença e, em 1967, o conceito de doença do alcoolismo foi incorporado pela Organização Mundial de Saúde à Classificação Internacional das Doenças (CID-8), a partir da VIII Conferência Mundial de Saúde.
Teor Alcoólico
As bebidas fermentadas, tais como a cerveja e o vinho, contêm de 2% a 20% de álcool. Bebidas destiladas contêm entre 40% e 50% ou mais de álcool. O teor alcoólico comum de álcool das seguintes bebidas é:
- Cerveja: 2–6% de álcool;
- Cidra: 4–8% de álcool;
- Vinho: 8–20% de álcool;
- Tequila: 40% de álcool;
- Rum: 40% ou mais de álcool;
- Conhaque: 40% ou mais de álcool;
- Gim: 40–47% de álcool;
- Uísque: 40–50% de álcool;
- Vodca: 40–50% de álcool;
- Licores: 15–60% de álcool.
Álcool no Organismo
A molécula de etanol é o principal ingrediente das bebidas alcoólicas. Quando a pessoa ingere um gole, uma parte dessas moléculas entra na corrente sanguínea pela mucosa da boca.
Através do esôfago, a bebida chega ao estômago, onde 25% do etanol entra no sangue. O restante é absorvido no intestino delgado – órgão repleto de vasos e membranas permeáveis.
Serão necessários de 15 a 60 minutos para que todas as moléculas de etanol entrem na circulação e se espalhem pelo corpo. O tempo vai depender de fatores como a presença de comida no estômago e a velocidade com que a pessoa bebe.
Ao cair no sangue, as moléculas de etanol são transportadas para todos os tecidos que têm células com alta concentração de água – órgãos como cérebro, fígado, coração e rins.
No fígado, 90% das moléculas de etanol são metabolizadas, isto é, são quebradas em partes menores até serem transformadas em gás carbônico e água para facilitar sua eliminação.
Após absorvido pelo sangue, 10% do álcool é eliminado pelo suor, saliva, urina e pela respiração (o que permite a detecção pelo bafômetro).
O fígado consegue processar apenas uma dose de álcool por hora (o equivalente a uma latinha de cerveja). Acima disto, o etanol continua circulando no sangue - e intoxicando o corpo - até ser completamente destruído pelo fígado.
Efeitos do Álcool
Os efeitos do álcool no organismo humano podem ocorrer em muitas partes do corpo. Sua duração está relacionada com o tempo que o fígado demora a metabolizar o álcool. Geralmente o corpo leva 1 hora para metabolizar 1 lata de cerveja. Portanto, se o indivíduo ingerir 5 latas de cerveja, o álcool permanecerá no seu organismo, pelo menos, 5 horas.
O periódico científico British Medical Journal publicou um novo estudo mostrando como cada escolha entre as bebidas alcoólicas pode afetar as emoções e o comportamento humano.
O consumo regular de álcool altera a química do cérebro, diminuindo os níveis de serotonina – uma substância neurotransmissora que interfere nos processos de depressão e ansiedade. O etanol também inibe a liberação do glutamato – um importante neurotransmissor que desempenha um papel chave na potenciação de longa duração e é importante para o aprendizado e a memória.
Segundo os cientistas, a cerveja e o vinho são as bebidas que mais causam sensação de relaxamento, sono – e até mesmo cansaço, em alguns casos. Mas se a intenção é sentir-se mais confiante e enérgico, os destilados são os mais consumidos. Entretanto, eles são mais propensos a provocar tristeza e agressividade.
A depender da condição física do indivíduo e da quantidade ingerida, os efeitos imediatos do álcool no organismo podem ser:
O periódico científico British Medical Journal publicou um novo estudo mostrando como cada escolha entre as bebidas alcoólicas pode afetar as emoções e o comportamento humano.
O consumo regular de álcool altera a química do cérebro, diminuindo os níveis de serotonina – uma substância neurotransmissora que interfere nos processos de depressão e ansiedade. O etanol também inibe a liberação do glutamato – um importante neurotransmissor que desempenha um papel chave na potenciação de longa duração e é importante para o aprendizado e a memória.
Segundo os cientistas, a cerveja e o vinho são as bebidas que mais causam sensação de relaxamento, sono – e até mesmo cansaço, em alguns casos. Mas se a intenção é sentir-se mais confiante e enérgico, os destilados são os mais consumidos. Entretanto, eles são mais propensos a provocar tristeza e agressividade.
A depender da condição física do indivíduo e da quantidade ingerida, os efeitos imediatos do álcool no organismo podem ser:
- Fala arrastada, sonolência, vômitos;
- Diarreia, azia e queimação no estômago;
- Dor de cabeça, dificuldade para respirar;
- Visão e audição alteradas;
- Alteração na capacidade de raciocínio;
- Déficit de atenção, alteração na percepção e coordenação motora;
- Blackout alcoólico, isto é, falhas de memória em que o indivíduo não consegue lembrar do que aconteceu enquanto estava sob a influência do álcool;
- Perda de reflexos, perda de julgamento da realidade, coma alcoólico.
O consumo frequente de mais de 60 g por dia, que equivale a 6 chops, 4 taças de vinho ou 5 caipirinhas pode ser prejudicial à saúde, favorecendo o desenvolvimento de doenças como hipertensão, arritmia e aumento do colesterol.
Fases do Alcoolismo
Apesar da predisposição genética, nenhum ser humano nasce alcoólatra. Assim como todos os hábitos, o consumo de álcool começa com uma decisão. Neste caso, a decisão de experimentar algo estimulado por aqueles que já experimentaram e se tornaram reféns de uma droga que pode levar a morte. Chama-se Vício ou Dependência o hábito de consumir determinada substância tóxica.
Basicamente, o alcoolismo passa por 3 fases:
1ª Fase – Adaptação
Apesar da predisposição genética, nenhum ser humano nasce alcoólatra. Assim como todos os hábitos, o consumo de álcool começa com uma decisão. Neste caso, a decisão de experimentar algo estimulado por aqueles que já experimentaram e se tornaram reféns de uma droga que pode levar a morte. Chama-se Vício ou Dependência o hábito de consumir determinada substância tóxica.
Basicamente, o alcoolismo passa por 3 fases:
1ª Fase – Adaptação
Tem inicio logo após o primeiro contato com a droga e caracteriza-se por facilitar o contato social. O indivíduo experimenta uma sensação de bem-estar quando ingere álcool. Depois de tomar um chope ou uma caipirinha, o indivíduo fica mais solto, mais alegre, ou diminui os sintomas da TPM e da inibição. Neste estágio, a pessoa usa o álcool com o intuito de aliviar a ansiedade e as angústias diante das dificuldades naturais da vida.
2ª Fase – Tolerância
Neste segundo período, o usuário desenvolve um mecanismo de tolerância ao álcool e ocorre uma adaptação do sistema nervoso central (SNC) a maiores quantidades da droga. O individuo bebe muito, mas não se embriaga facilmente, e se orgulha de ser resistente ao álcool.
Também nessa fase, começam a surgir os apagões. A pessoa age sem registrar o que faz. Esse "blackout alcoólico" ou amnésia acontece porque o álcool interfere nos circuitos cerebrais encarregados de arquivar acontecimentos recentes. Caso venha a atropelar um pedestre ou cometer um homicídio, não se lembrará de nada, mesmo que haja vítima, arma e testemunhas.
No final desta fase, a pressão social se intensifica, levando o usuário a parar de beber, o que pode se prolongar por meses ou anos. Porém, essa abstinência forçada não impede o desenvolvimento da doença. Qualquer descuido pode levá-lo a ter uma recaída, levando-o a um estado pior do que o anterior.
3ª Fase – Síndrome de Abstinência
Neste estágio da doença, a dependência física está instalada. O álcool, ironicamente, passa a ser o remédio que diminui o sofrimento nas dolorosas crises de abstinência. A deterioração física, mental e social é evidente. Vítima de tremores, delírios e alucinações, o doente aparenta uma figura ictérica, inchada, sem controle dos esfíncteres. Passa a perambular pelas ruas, sendo capaz de beber desodorante, álcool etílico, combustível, perfume e até urina para satisfazer o vício.
Esta fase é caracterizada por sérias complicações de saúde como: cirroses, neurites, psicoses, pancreatites, hemorragias de esôfago e estômago, tumores malignos etc.
7 doenças graves que o consumo de álcool pode causar
1. Hipertensão
O consumo de bebidas alcoólicas em excesso pode causar hipertensão, com aumento principalmente da pressão sistólica, mas o abuso do álcool também diminui o efeito dos medicamentos anti-hipertensivos, e ambas situações aumentam o risco de eventos cardiovasculares, como o infarto.
2. Arritmia Cardíaca
O excesso de álcool também pode afetar o funcionamento do coração podendo haver fibrilação atrial, flutter atrial e extra-sístoles ventriculares e isso pode acontecer também em pessoas que não tomam bebidas alcoólicas com frequência, mas abusam numa festa, por exemplo. Mas o consumo regular de grandes doses de álcool favorecem o aparecimento de fibrose e inflamação.
3. Aumento do Colesterol
O álcool acima de 60 g estimula o aumento de VLDL e por isso não é recomendado fazer um exame de sangue para avaliar as dislipidemias após o consumo de bebidas alcoólicas. Além disso, aumenta a aterosclerose e reduz a quantidade de HDL.
4. Aumento da Aterosclerose
Pessoas que consomem muito álcool apresentam as paredes das artérias mais inchadas e com facilidade para o aparecimento da aterosclerose, que é o acúmulo de placas de gordura no interior das artérias.
5. Cardiomiopatia Alcoólica
A cardiomiopatia alcoólica pode ocorrer em pessoas que consomem acima de 110 g/dia de álcool durante 5 a 10 anos, sendo mais frequente em pessoas jovens, entre os 30 e 35 anos de idade. Mas nas mulheres a dose pode ser menor e provocar os mesmos danos. Essa alteração provoca um aumento da resistência vascular, diminuindo o índice cardíaco.
6. Gota
O álcool em excesso também leva ao aumento do ácido úrico que pode se depositar nas articulações causando dor aguda, conhecida popularmente como gota.
7. Síndrome Fetal Alcoólica
O consumo de álcool na gravidez pode causar a síndrome fetal alcoólica, que é uma alteração genética que provoca deformação física e retardo mental no feto.
Álcool e Trânsito
Especialistas afirmam que um motorista sob a influência do álcool representa um risco 11 vezes maior de morrer ou causar a morte num acidente de trânsito em relação ao condutor sóbrio.
De acordo com dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde, cerca de 1,25 milhão de pessoas morrem anualmente em acidentes de trânsito, no mundo. Desse total, metade das vítimas são pedestres, ciclistas e motociclistas. Conforme este órgão, o trânsito brasileiro é o quarto mais violento do continente americano. No Brasil, 47 mil pessoas morrem por ano no trânsito e 400 mil ficam com algum tipo de sequela.
De acordo com dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde, cerca de 1,25 milhão de pessoas morrem anualmente em acidentes de trânsito, no mundo. Desse total, metade das vítimas são pedestres, ciclistas e motociclistas. Conforme este órgão, o trânsito brasileiro é o quarto mais violento do continente americano. No Brasil, 47 mil pessoas morrem por ano no trânsito e 400 mil ficam com algum tipo de sequela.
Dentro do país, o Estado de São Paulo possui o maior número de óbitos no trânsito, e dirigir alcoolizado é a segunda maior causa. Associado a isso, existe muita impunidade em relação aos infratores, que muitas vezes são menores. Um levantamento feito entre janeiro e maio de 2017 concluiu que apenas uma pessoa é presa a cada 22 mortes ocorridas em acidentes de trânsito, no Estado de São Paulo.
Indústria do Álcool
O álcool é uma das DROGAS mais perigosas existentes, sobretudo por ter o seu consumo legalizado e incentivado. Disfarçado sob o manto do “socialmente aceitável”, o álcool sequer é considerado uma droga que causa dependência física e psicológica por grande parte da sociedade.
A "indústria do álcool" é uma organização criminosa muito poderosa por causa da forte atração do ser humano por substâncias entorpecentes e alucinógenas.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, anualmente cerca de 3,3 milhões de indivíduos morrem no mundo em consequência do consumo de álcool. Seu consumo prolongado é apontado como causa do desenvolvimento de 200 enfermidades.
Por envolver muito dinheiro, a Indústria do Álcool procura influenciar todas as áreas do comportamento humano. Frequentemente se vê propagandas de cerveja usando mulheres seminuas como forma de estimular o seu consumo.
As mídias de massa (cinema, jornais, livros, TV, internet), a tradição religiosa, a politica de economia, e até mesmo profissionais da saúde (médicos, psicólogos, terapeutas etc) estimulam o consumo "moderado" de bebidas alcoólicas. É imperativo que haja uma mudança de comportamento, a exemplo do que está ocorrendo com o tabaco.
Na verdade, não existe "dose segura" para consumir o álcool ou qualquer outra droga, uma vez que esses tóxicos estimulam neurotransmissores no cérebro, como a dopamina (hormônio responsável pela sensação de prazer). Ou seja, com o decorrer do tempo o cérebro associa o "bem estar" com a bebida e o indivíduo passa a consumir cada vez mais, terminando por adquirir um quadro de dependência. Portanto, para estar realmente fora de perigo, a única atitude realmente eficaz é nunca experimentar.
“O álcool não faz as
pessoas fazerem melhores as coisas; ele faz com que elas fiquem menos envergonhadas
de fazê-las mal.” (William Osler).
Álcool e Economia
Os crescentes prejuízos causados pelo consumo de álcool e outras drogas são preocupantes. Dados de 2014, informam que o Brasil gasta a cada década R$ 7,76 BILHÕES para custear o tratamento de usuários de entorpecentes.
A falência da SAÚDE no Brasil está intimamente ligada aos altos custos com tratamento de dependentes químicos e ao pagamento de indenizações a vítimas de acidentes de trânsito.
Segundo levantamento do Observatório Nacional de Segurança Viária, os gastos com acidentes de trânsito custam ao país cerca de R$ 56 bilhões, com os quais seria possível construir 28 mil escolas ou 1.800 hospitais. Enquanto não houver uma real preocupação com o consumo de bebidas alcoólicas e um sério comprometimento da sociedade com a solução deste problema, a situação só tende a piorar.
O consumo de bebidas alcoólicas é proibido em países como Arábia Saudita, Irã, Brunei, Índia, Afeganistão e Bangladesh. No Kuwait, por exemplo, a proibição do consumo de bebidas alcoólicas data de 1964, tendo ocorrido após uma série de mortes por acidente de trânsito, em que os motoristas encontravam-se sob efeito de álcool. Quando o Brasil, - um país em crise que gasta R$ 32 MILHÕES por ano para tratar males provocados pelo alcoolismo, fará o mesmo?
Segundo levantamento do Observatório Nacional de Segurança Viária, os gastos com acidentes de trânsito custam ao país cerca de R$ 56 bilhões, com os quais seria possível construir 28 mil escolas ou 1.800 hospitais. Enquanto não houver uma real preocupação com o consumo de bebidas alcoólicas e um sério comprometimento da sociedade com a solução deste problema, a situação só tende a piorar.
O consumo de bebidas alcoólicas é proibido em países como Arábia Saudita, Irã, Brunei, Índia, Afeganistão e Bangladesh. No Kuwait, por exemplo, a proibição do consumo de bebidas alcoólicas data de 1964, tendo ocorrido após uma série de mortes por acidente de trânsito, em que os motoristas encontravam-se sob efeito de álcool. Quando o Brasil, - um país em crise que gasta R$ 32 MILHÕES por ano para tratar males provocados pelo alcoolismo, fará o mesmo?
Existe solução?
Erradicar o consumo de bebidas alcoólicas em uma sociedade que associa diversão e lazer com drogas é uma missão muito difícil, mas perfeitamente possível desde que haja vontade. Esse trabalho requer um esforço em conjunto e deve começar dentro da célula mater da sociedade - a família.
A família é a primeira fonte de socialização. Do mesmo modo como um jovem pode se interessar por esportes, inspirado pela prática dos pais, também pode desenvolver uma relação nociva com a bebida diante do mau exemplo vindo de casa. Pais e responsáveis devem conscientizar-se e abster-se deste VÍCIO letal, prevenindo e educando seus filhos.
As instituições de ensino (fundamental, médio e superior) fortaleceriam essa prevenção inserindo no currículo disciplinas teóricas e práticas sobre drogas, bem como promovendo palestras e incentivando debates entre os alunos.
As instituições de ensino (fundamental, médio e superior) fortaleceriam essa prevenção inserindo no currículo disciplinas teóricas e práticas sobre drogas, bem como promovendo palestras e incentivando debates entre os alunos.
O governo proibiria a fabricação, o comércio e o consumo de bebidas alcoólicas, classificando-a como uma droga ilícita. As polícias e órgãos fiscalizadores deveriam garantir a ordem realizando buscas constantes e apreensão de bebidas nas fábricas e estabelecimentos comerciais.
E por fim, todos os profissionais da Saúde (médicos, psicólogos, psiquiatras, enfermeiros etc.), públicos e privados, promoveriam campanhas educativas durante todo o ano, contribuindo para a diminuição do número de usuários até sua total erradicação.
Impossível? Claro que não! Várias doenças foram erradicadas graças ao empenho do ser humano. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 58% da população adulta abstém-se do consumo de bebidas alcoólicas.
É uma questão de escolha. Trata-se de entender que o álcool é uma substância entorpecente, e entorpecentes levam à morte. Segundo a OMS, o consumo de drogas causa 1 morte a cada 3 minutos no planeta.
"O Alcoolismo somente deixará de existir quando não houver consumo de álcool." (Phrancys Drake)
Tratamento do alcoolismo
O tratamento do alcoolismo envolve duas etapas:
Desintoxicação – Geralmente realizada por alguns dias sob supervisão médica, permite combater os efeitos agudos da retirada do álcool. Infelizmente, devido os altíssimos índices de recaídas, o alcoolismo não é uma doença a ser tratada exclusivamente no âmbito da medicina convencional.
Reabilitação – Depois de controlados os sintomas agudos da crise de abstinência, os pacientes devem ser encaminhados para programas de reabilitação como os Alcoólicos anônimos, cujo objetivo é ajudá-los a viver sem álcool na circulação sanguínea durante o resto de suas vidas. A participação dos familiares e amigos é fundamental para o sucesso do tratamento.
Fontes:
Organização Mundial de Saúde (OMS).
Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013.
Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD).
National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism (NIAAA).