segunda-feira, 21 de maio de 2012

FILOSOFIA E CIÊNCIA

Qual a origem do ser humano?

Série Grandes Questões da Vida
By Phrancys Drake

2ª PARTE

O pensamento evolucionista


Até os dias atuais não existe uma resposta científica definitiva sobre a origem da vida no planeta. Ideias evolucionistas como a origem comum e a transmutação das espécies existem aproximadamente desde o século VI a.C.. Pelo que se sabe, o primeiro filósofo a examiná-las foi o grego Anaximandro de Mileto. Outros que consideraram estas ideias foram o filósofo grego Empédocles, o filósofo-poeta romano Lucrécio, o biólogo árabe Al-Jahiz, o filósofo persa Ibn Miskawayh, e o filósofo oriental Zhuang Zi.
Darwin e a evolução do homem
A Teoria Evolucionista é fruto de um conjunto de pesquisas, ainda em desenvolvimento, iniciadas pelo cientista inglês Charles Robert Darwin. Em suas pesquisas, ocorridas no século XIX, Darwin procurou estabelecer um estudo comparativo entre espécies aparentadas que viviam em diferentes regiões. Além disso, ele percebeu a existência de semelhanças entre os animais vivos e em extinção.

A partir daí, ele concluiu que as características biológicas dos seres vivos passam por um processo dinâmico onde fatores de ordem natural seriam responsáveis por modificar os organismos vivos. Ao mesmo tempo, ele levantou a ideia de que os organismos vivos estão em constante concorrência e, a partir dela, somente os seres melhores preparados às condições ambientais impostas poderiam sobreviver.

Partindo desse pressuposto, ele afirmou que o homem e o macaco teriam uma mesma descendência a partir da qual as duas espécies se desenvolveram. Contudo, isso não quer dizer, conforme muitos alegam, que Darwin supôs que o homem é um descendente do macaco. Em sua obra, A Origem das Espécies, ele sugere que o homem e o macaco, devido suas semelhanças biológicas, teriam um mesmo ancestral em comum.

A partir da afirmação de Charles Darwin, vários membros da comunidade científica, ao longo dos anos, se lançaram ao desafio de reconstituir todas as espécies que antecederam o homem contemporâneo. Entre as diferentes espécies catalogadas, a escala evolutiva do homem se inicia nos Hominídeos, com mais de quatro milhões de anos.

Logo depois, o Homo habilis (2,4 – 1,5 milhões de anos) e o Homo erectus (1,8 – 300 mil anos) compõem a fase intermediaria da evolução humana. Por fim, o Homo sapiens neanderthalensis, com cerca de 230 à 30 mil anos de existência, antecede ao Homo sapiens, surgido à cerca de 120 mil anos, que corresponde ao homem com suas características atuais.

Apesar de estar alicerçada por um número considerável de evidências materiais sobre as transformações da espécie humana, a teoria da evolução não é uma tese comprovada por inteiro. O chamado “Elo Perdido”, capaz de remontar completamente a trajetória do homem e seu primata original, é uma incógnita ainda sem resposta.

OUTRAS TEORIAS MODERNAMENTE CONHECIDAS

Abiogênese

Filósofos e Cientistas que apoiaram a Teoria da Abiogênese
Até o século XVIII, cria-se na Teoria da Geração Espontânea ou Abiogênese. Vários filósofos e cientistas como Aristóteles (considerado o Pai dessa Teoria), René Descartes e Isaac Newton, apoiavam essa teoria. Para Aristóteles, os seres vivos surgiam por meio de "um princípio ativo" da matéria não viva (germe) e geravam descendentes parecidos em todas as gerações. Um médico chamado Jan Baptista van Helmont (1577-1644) chegou a escrever uma receita de como obter certos animais de forma espontânea. Com o conhecimento adquirido pela ciência, foram surgindo ideias contrárias a essas. Passou a ganhar força a ideia de reprodução entre os seres vivos, surgindo a biogênese.

Biogênese


Louis Pasteur refuta a Teoria da Geração Espontânea
Em 1864 o químico e biologista francês Louis Pasteur (1822-1895) realiza uma série de experiências com os frascos com "pescoço de cisne" e demonstra que não existe no ar ou nos alimentos qualquer "princípio ativo" capaz de gerar vida espontaneamente. Abre caminho para a biogênese, segundo a qual a vida se origina de outro ser vivo preexistente. A primeira idéia foi a de que a vida teria vindo do espaço, fruto de uma "semente" extraterrestre. Atualmente a hipótese mais difundida é a da origem terrestre. A vida teria surgido há cerca de 3,5 bilhões de anos quando o planeta tinha uma composição e atmosfera bem diferentes das atuais. As primeiras formas de vida teriam surgido em uma espécie de caldo de cultura resultante de complexas reações químicas e de radiação cósmica. 


Quimiossíntese

 



Em 1936 Alexander Oparin propõe que a partir de gases da atmosfera primitiva formam-se os primeiros compostos orgânicos (proteínas, carboidratos, lipídios e ácidos nucléicos) que evoluem naturalmente até originarem os primeiros seres vivos. A energia necessária para a síntese destes complexos seria fornecida pelas radiações ultravioleta e cósmica.


Teoria dos Coacervados


Anos mais tarde, Alexander Oparin diz que as moléculas protéicas existentes na água se agregam na forma de coacervados (complexos de proteína). Essas estruturas, apesar de não serem vivas, têm propriedades osmóticas e podem se unir, formando outro coacervado mais complexo. Da evolução destes coacervados, surgem as primeiras formas de vida.

Panspermia

 

Anaxágoras e Helmholtz - precursores da Teoria da Panspermia Cósmica

Essa teoria acredita que os seres vivos surgiram por meio de substâncias de outras vidas que existiam em outros planetas e que chegaram aqui por meio de meteoros e poeira cósmica. A hipótese da panspermia cósmica surgiu pela primeira vez no século V a.C. na Grécia, por Anaxágoras, e foi colocada novamente em evidência no século XIX por Hermann von Helmholtz, no ano de 1879. Foi defendida por físicos e químicos como William Thomson e Svante August Arrhenius. A panspermia ganhou mais credibilidade quando foi descoberto na Antártica um meteorito com um fóssil de uma bactéria que possivelmente veio de outro local no espaço.

Teoria da Evolução Química

Ela foi iniciada por um biólogo chamado Tomas Huxley e por essa vertente acredita-se que a vida surgiu com a evolução química. Após a junção de compostos orgânicos, surgiram moléculas orgânicas simples como açúcares e ácidos graxos. Essas moléculas combinadas fizeram surgir as moléculas mais complexas responsáveis por estruturas que se duplicam e metabolizam, ou seja, seria o surgimento dos primeiros seres vivos.

Antimatéria

A antimatéria é o contrário da matéria normal e foi considerada uma teoria distante e improvável por muito tempo. São partículas encontradas em locais específicos como raios cósmicos, nos decaimentos de substâncias radioativas e nos aceleradores de partículas. O físico britânico Paul A. M. Dirac verificou a equação de Einstein E=mc2 onde o cientista não considerou as propriedades negativas e positivas da massa.
Ele elaborou a equação de Dirac (E= + ou – mc2) e passou a acreditar na existência de antipartículas no universo. Cada uma dessas antipartículas possui a mesma massa que a partícula que lhe corresponde; porém, eles têm cargas elétricas distintas. Se a antimatéria colidir com a matéria, há a produção de uma explosão que emite uma forte radiação. Os cientistas afirmam que é a energia mais poderosa entre as que já existem.


Perspectivas filosóficas, sociais e religiosas


Mesmo antes da publicação d'A Origem das Espécies, a ideia que a vida evolui era fonte de debate. Apesar de o mecanismo de seleção natural ser considerado um padrão na literatura científica, a evolução ainda é um conceito contencioso fora e dentro da comunidade científica. A discussão tem-se centrado nas implicações filosóficas, sociais e religiosas da evolução, não na ciência em si.

Apesar de muitas religiões terem reconciliado as suas crenças com a evolução através de vários conceitos de evolução teísta, há muitos criacionistas que acreditam que a evolução é contraditória com as histórias de criação encontradas nas respectivas religiões. Tal como Darwin reconheceu desde cedo, o aspecto mais controverso do pensamento evolutivo é a sua implicação para a origem dos seres humanos. Em alguns países, notavelmente os Estados Unidos, as tensões entre os ensinamentos científicos e religiosos têm alimentado a controvérsia da criação vs. evolução, um conflito religioso que foca na política do criacionismo e no ensino da evolução nas escolas públicas. Apesar de outros campos da ciência como cosmologia e ciências da Terra também entrarem em conflito com a interpretação literal de muitos textos religiosos, muitos crentes religiosos opõem-se à biologia evolutiva.

A evolução tem sido usada para posições filosóficas que propõe discriminação e o racismo. Por exemplo, as ideias eugênicas de Francis Galton foram desenvolvidas para argumentar que o pool genético humano (o conjunto completo de alelos únicos que podem ser encontrados no material genético de cada um dos organismos vivos de uma espécie ou população) podia ser melhorado através de políticas de cruzamentos seletivos, incluindo incentivos para aqueles considerados como "bom stock" para se reproduzirem, e esterilização compulsória, testes pré-natais, controle da natalidade e inclusive homicídio dos considerados "mau stock". Um outro exemplo de uma extensão da teoria evolutiva que é reconhecida atualmente como indevida é o "Darwinismo social", um termo dado à teoria Malthusiana dos Whig, desenvolvida por Herbert Spencer em ideias de "sobrevivência do mais apto" no comércio e nas sociedades humanas em geral, e por outros que reclamavam que a desigualdade social, racismo e imperialismo eram justificados. Contudo, cientistas e filósofos contemporâneos consideram que estas ideias não são nem mandatadas pela teoria evolutiva nem sustentadas por quaisquer dados.

CONCLUSÃO


A Fé e a Razão são inimigas confessas de longa data, o que tem gerado polêmicas infindáveis. Da mesma forma, a discussão Evolucionismo versus Criacionismo mostra-se bem longe de produzir algum consenso, por mínimo que seja.

Permanece a questão: A vida teria se originado fora da Terra? O homem e os animais teriam evoluído de um mesmo ancestral como ensina a teoria evolucionista? Ou fora gerado por um ente divino como creem os Criacionistas? Quanto à origem da vida, quais as questões que mais inquietam a humanidade? Que outra teoria oferece melhores argumentos sobre a origem do homem?

Fontes de Pesquisa:

Anônimo. A Epopeia de Gilgamseh. Tradução de: Carlos Daudt de Oliveira. São Paulo, Martins Fontes, 2a edição, 2001.
CHAY, Geraldine e HAN, Y.N. Cultura Chinesa. Editora Rocca. São Paulo. 2007
FREIRE-MAIA, N. Criação e evolução. Deus, o acaso e a necessidade. Petrópolis: Editora Vozes Ltda, 1986.
Grande Enciclopédia Larousse Cultural. São Paulo, Nova Cultural, 1998.
SAUNDERS, Nicholas. Américas Antigas: as grandes civilizações. São Paulo, Madras, 2005.

sábado, 19 de maio de 2012

MITOLOGIA E RELIGIÃO

Qual a origem do ser humano?
Série Grandes Questões da Vida
By Phrancys Drake

Dando continuidade à série “grandes questões da vida”, falaremos nesse tópico acerca de uma pergunta há muito formulada pelos grandes filósofos da história e que, até os tempos hodiernos, permanece sem elucidação: Qual a origem do homem? 
Teria sido o ser humano criado por um Deus (ou pelos Deuses) como pregam as diversas ramificações religiosas e sectárias da Teoria Criacionista ou evoluído até sua forma atual de um ancestral comum como sugere a Teoria Evolucionista?
A bem da verdade, respostas a este questionamento não faltam, mas é certo que são apenas suposições, com maior ou menor grau de fundamentação. Contudo, antes de se emitir alguma opinião a respeito, é necessário analisar cuidadosamente e de forma imparcial, as teorias que apresentam maior grau de credibilidade.

1ª PARTE

O pensamento criacionista

Desde tempos imemoriais o ser humano vem buscando compreender suas origens através das revelações mítico-religiosas. Devido a ausência de conhecimento sobre os fenômenos naturais, a Teoria Criacionista desenvolveu-se e obteve uma maior aceitação, especialmente na Idade Média, quandos poucos tinham coragem de contrariar a “verdade” da Igreja Romana. Todavia, ao contrário do que muitos acreditam, o criacionismo não se restringe apenas às religiões monoteístas, mas as diferentes religiões do mundo possuem sua própria versão da teoria criacionista. Analisemos as mais relevantes.

O Mito da Criação Universal


Há cerca de seis ou sete mil anos havia um mito universal de que todos os seres eram provenientes do útero de uma Mãe Cósmica.
Inicialmente cultuada na Índia, como Kali, a Mãe Informe, recebeu depois o nome de Tiamat (Babilônia), Nu Kua (China), Temut (Egito), Têmis (Grécia pré-helênica), e Tehom (Síria e Canaã), sendo este último o termo usado mais tarde pelos escritores bíblicos para Abismo.
As mais antigas noções de criação se originavam da ideia básica do nascimento, que consistia na única origem possível das coisas e esta condição prévia do caos primordial foi extraída diretamente da teoria arcaica de que o útero cheio de sangue era capaz de criar magicamente a prole. Acreditava-se que a partir do sangue divino do útero e através de um movimento, dança ou ritmo cardíaco, que agitasse este sangue, surgissem os "frutos", a própria maternidade.
Essa é uma das razões pelas quais as danças das mulheres primitivas eram repletas em movimentos pélvicos e abdominais. Muitas tradições referiram o princípio do coração materno que detém todo o poder da criação. Este coração materno, "uma energia capaz de coagular o caos espumoso" organizou, separou e definiu os elementos que compõem e produzem o cosmos; a esta energia organizadora os gregos deram o nome de Diakosmos, a Determinação da Deusa. Os egípcios, nos hieróglifos, chamaram este coração de ab e os hebreus foram os primeiros a chamar de pai (ainda que masculinizassem, a idéia fundamental de família e continuidade da vida não era patriarcal).

Prometeu rouba o fogo do Olimpo e dá aos homens

Segundo a mitologia grega, no princípio havia apenas o Caos Primordial e dele nasceu Gaia (a terra) e Eros (o amor). Posteriormente, surgiram o Érebo, as trevas e o Éter, o céu, o mar e as montanhas. O homem teria surgido através de dois titãs: Epimeteu e Prometeu. A partir de um molde de barro, Epimeteu teria criado os homens sem vida e imperfeitos. Prometeu, seu irmão, tendo se compadecido deles, resolvera roubar o fogo do deus Vulcano para lhes dar vida. A deusa Atena teria lhes dado a alma.
Ask e Embla -  o primeiro casal segundo a mitologia nórdica
A mitologia nórdica narra a origem humana da seguinte forma: Num dia, enquanto os deuses Odin, Hoenir e Lodur caminhavam por uma praia, avistaram boiando nas águas do mar, duas árvores. Os deuses decidiram criar destas árvores os seres humanos. De uma árvore eles criaram o homem, e lhe deram o nome de Ask, Askr ou Askur. E da outra ele criaram a mulher, e a batizaram com o nome de Emtla ou Embla. Odin deu a cada um dos dois um espírito, Hoenir presenteou eles com seus cinco sentidos e a habilidade de se mover, e Lodur deu a eles vida e sangue. Os dois se tornaram os primeiros de sua espécie e foram levados para habitar a terra de Midgar, posteriormente consagrada como a "terra dos homens".
Enkidu e Gilgamesh
Conforme a mitologia suméria, os deuses Enlil (deus do vento e das tempestades) e Enki (deus da água doce e da sabedoria) criaram do barro o homem e a mulher. Eles chamaram o homem de Adamu. Na Epopeia de Gilgamesh, poema épico de origem suméria, possui uma descrição da criação de um ser humano do barro. A deusa Araru cria Enkidu.
"A deusa então concebeu em sua mente uma imagem cuja essência era a mesma de Anu, o deus do firmamento. Ela mergulhou as mãos na água e tomou um pedaço de barro; ela o deixou cair na selva, e assim foi criado o nobre Enkidu". (OLIVEIRA, 2001, p. 62).
Representação de Viracocha na Puerta del Sol em Tiahuanaco. (séc. XII a.C.)
Na mitologia dos antigos incas havia várias versões sobre a origem do homem. Uma delas relata que os seres humanos foram criados da argila pelo deus Viracocha (Apu Kun Tiqsi Wiraqutra).
"[...] a divindade suprema inca Viracocha fez pessoas de argila, pintando-as com roupas cujos desenhos coloridos distinguiam uma nação da outra. Ele deu a cada grupo sua própria língua e costumes, então soprou o sopro vital sobre eles e os enviou para a terra ordenando que emergissem das cavernas, lagos e montanhas". (SAUNDERS, 2005, p. 186).
Em outra versão, os homens se originam dos filhos e filhas dos deuses Apu Inti (sol) e Mamma Calle (lua).
Civilização Maia

Consoante a mitologia maia, inicialmente os deuses criaram o ser humano do barro. Porém quando chovia, o barro amolecia e se desfazia em lama. Então os deuses decidiram utilizar outra matéria. Eles criaram os homens na segunda vez, os fazendo da madeira. Estes tais "homens de madeira", eram mais resistentes que os anteriores. Porém eles não conseguiam se movimentar direito, e passaram a ser mais arrogantes do que seus antecessores. Os deuses, os destruiram, e tentaram mais uma vez. Na terceira vez, os deuses derramaram seu sangue sobre espigas de milho, e criaram quatro homens de quatro espigas. Destes quatro homens eles tomaram uma parte de sua carne, de seus ossos e de seu sangue e criaram para cada um uma mulher. Estes oito seres humanos passaram a se multiplicar e povoar a terra. Na concepção maia, os deuses criaram os seres humanos, para que estes os adorassem e fossem seus servos.
Nu Kua e Fu Xu.

A mitologia chinesa tem início por volta de 1.100 a. C. Atribui a criação da raça humana à deusa Nu Kua ou Nuwa (Mãe Primordial) e seu irmão-marido Fu Xu. Ambos os deuses são retratados em muitas vezes, tendo a metade do corpo na forma de uma serpente e a outra metade na forma humana. Quanto a questão da origem do homem, existem diferentes histórias. Em umas se diz que os dois criaram a humanidade antes do dilúvio. Em outra se diz que eles recriaram os homens a partir da lama do dilúvio.
A Criação de Adão - Afresco da Capela Cistina por Michelangelo

O Judaísmo e o Cristianismo baseiam-se nas escrituras sagradas do Velho Testamento para explicar a criação do homem. Segundo a narrativa bíblica contida em Gênesis (o livro das origens – em seu capítulo 1, versículos 26 ao 28), o homem foi feito a partir do barro logo após Deus ter criado os céus e a terra, tendo sido projetado à sua imagem e semelhança. O homem, chamado Adão, teria se tornado alma vivente quando Deus assoprara o fôlego da vida em suas narinas. Ainda segundo este livro, a mulher teria sido criada a partir de uma das costelas do homem, por isso foi chamada Eva.

Gravura otomana retratando o momento da revelação pelo anjo Gabriel do Alcorão para o profeta Maomé.

O Islamismo acredita que a humanidade foi criada por Alá conforme é explicado em seu livro sagrado, o Alcorão, escrito pelo profeta Maomé por intermédio do anjo Gabriel, através de revelações que ocorreram por volta de 610 e 632 d. C.. No entanto, alguns muçulmanos acreditam que quanto a origem da Terra, a ciência não está totalmente incorreta.

É importante observar que todas as religiões antigas e contemporâneas formulam explicações para a origem do ser humano, sendo que algumas chegam a ter alguns pontos muito semelhantes.
Jean Leopold Nicolas Fréderic Cuvier
Uma dessas explicações ficou conhecida como Fixismo. Foi proposta pelo naturalista francês Georges Cuvier tendo sido aceita até o século XVIII com a afirmação de que os seres vivos haviam sido criados por um poder divino.

Em suma, o criacionismo não acredita nas modificações evolutivas. De acordo com essa teoria, os seres vivos foram criados na forma atual e não se alteraram no decorrer dos anos. Todas as espécies se adaptaram ao ambiente e permaneceram perfeitas, imutáveis e independentes umas das outras.

Continua na próxima postagem...