Qual a origem do ser humano?
Série Grandes
Questões da Vida
By Phrancys Drake
2ª PARTE
O pensamento evolucionista
Até os dias atuais não existe uma resposta científica definitiva sobre a origem da vida no planeta. Ideias evolucionistas como a origem comum e a transmutação das espécies existem aproximadamente desde o século VI a.C.. Pelo que se sabe, o primeiro filósofo a examiná-las foi o grego Anaximandro de Mileto. Outros que consideraram estas ideias foram o filósofo grego Empédocles, o filósofo-poeta romano Lucrécio, o biólogo árabe Al-Jahiz, o filósofo persa Ibn Miskawayh, e o filósofo oriental Zhuang Zi.
A Teoria Evolucionista é fruto de um conjunto de pesquisas, ainda em
desenvolvimento, iniciadas pelo cientista inglês Charles Robert Darwin. Em suas pesquisas, ocorridas no século XIX,
Darwin procurou estabelecer um estudo comparativo entre espécies aparentadas
que viviam em diferentes regiões. Além disso, ele percebeu a existência de
semelhanças entre os animais vivos e em extinção.
A partir daí, ele concluiu que as características biológicas dos seres vivos passam por um processo dinâmico onde fatores de ordem natural seriam responsáveis por modificar os organismos vivos. Ao mesmo tempo, ele levantou a ideia de que os organismos vivos estão em constante concorrência e, a partir dela, somente os seres melhores preparados às condições ambientais impostas poderiam sobreviver.
Partindo desse pressuposto, ele afirmou que o homem e o macaco teriam uma mesma descendência a partir da qual as duas espécies se desenvolveram. Contudo, isso não quer dizer, conforme muitos alegam, que Darwin supôs que o homem é um descendente do macaco. Em sua obra, A Origem das Espécies, ele sugere que o homem e o macaco, devido suas semelhanças biológicas, teriam um mesmo ancestral em comum.
A partir da afirmação de Charles
Darwin, vários membros da comunidade científica, ao longo dos anos, se lançaram
ao desafio de reconstituir todas as espécies que antecederam o homem
contemporâneo. Entre as diferentes espécies catalogadas, a escala evolutiva do
homem se inicia nos Hominídeos, com mais de quatro milhões de anos.
Logo depois, o Homo habilis (2,4 – 1,5 milhões de anos) e o Homo erectus (1,8 – 300 mil anos) compõem a fase intermediaria da evolução humana. Por fim, o Homo sapiens neanderthalensis, com cerca de 230 à 30 mil anos de existência, antecede ao Homo sapiens, surgido à cerca de 120 mil anos, que corresponde ao homem com suas características atuais.
Apesar de estar alicerçada por um número considerável de evidências materiais
sobre as transformações da espécie humana, a teoria da evolução não é uma tese
comprovada por inteiro. O chamado “Elo Perdido”, capaz de remontar
completamente a trajetória do homem e seu primata original, é uma incógnita
ainda sem resposta.
OUTRAS TEORIAS MODERNAMENTE CONHECIDAS
Abiogênese
Até o século XVIII, cria-se na
Teoria da Geração Espontânea ou Abiogênese.
Vários filósofos e cientistas como Aristóteles (considerado o Pai dessa Teoria),
René Descartes e Isaac Newton,
apoiavam essa teoria. Para Aristóteles, os seres vivos surgiam por meio de "um princípio ativo" da
matéria não viva (germe) e geravam descendentes parecidos em todas as gerações. Um
médico chamado Jan Baptista van Helmont
(1577-1644) chegou a escrever uma receita de como obter certos animais de forma
espontânea. Com o conhecimento adquirido pela ciência, foram surgindo ideias
contrárias a essas. Passou a ganhar força a ideia de reprodução entre os seres
vivos, surgindo a biogênese.
Biogênese
Em 1864 o químico e biologista francês Louis Pasteur (1822-1895)
realiza uma série de experiências com os frascos com "pescoço
de cisne" e demonstra que não existe no ar ou nos alimentos qualquer
"princípio ativo" capaz de gerar vida espontaneamente. Abre
caminho para a biogênese, segundo a qual a vida se origina de outro
ser vivo preexistente. A primeira idéia foi a de que a
vida teria vindo do espaço, fruto de uma "semente" extraterrestre. Atualmente a hipótese mais difundida é a da origem terrestre.
A vida teria surgido há cerca de 3,5 bilhões de anos quando o planeta
tinha uma composição e atmosfera bem diferentes das atuais. As
primeiras formas de vida teriam surgido em uma espécie de caldo de cultura resultante
de complexas reações químicas e de radiação
cósmica.
Em 1936 Alexander Oparin propõe que a partir de gases da atmosfera primitiva formam-se os primeiros compostos orgânicos (proteínas, carboidratos, lipídios e ácidos nucléicos) que evoluem naturalmente até originarem os primeiros seres vivos. A energia necessária para a síntese destes complexos seria fornecida pelas radiações ultravioleta e cósmica.
Teoria dos Coacervados
Anos mais tarde, Alexander Oparin diz que as moléculas protéicas existentes na água se agregam na forma de coacervados (complexos de proteína). Essas estruturas, apesar de não serem vivas, têm propriedades osmóticas e podem se unir, formando outro coacervado mais complexo. Da evolução destes coacervados, surgem as primeiras formas de vida.
Quimiossíntese
Em 1936 Alexander Oparin propõe que a partir de gases da atmosfera primitiva formam-se os primeiros compostos orgânicos (proteínas, carboidratos, lipídios e ácidos nucléicos) que evoluem naturalmente até originarem os primeiros seres vivos. A energia necessária para a síntese destes complexos seria fornecida pelas radiações ultravioleta e cósmica.
Teoria dos Coacervados
Anos mais tarde, Alexander Oparin diz que as moléculas protéicas existentes na água se agregam na forma de coacervados (complexos de proteína). Essas estruturas, apesar de não serem vivas, têm propriedades osmóticas e podem se unir, formando outro coacervado mais complexo. Da evolução destes coacervados, surgem as primeiras formas de vida.
Panspermia
Anaxágoras e Helmholtz - precursores da Teoria da Panspermia Cósmica |
Essa teoria acredita que os seres vivos surgiram por meio de substâncias de outras vidas que existiam em outros planetas e que chegaram aqui por meio de meteoros e poeira cósmica. A hipótese da panspermia cósmica surgiu pela primeira vez no século V a.C. na Grécia, por Anaxágoras, e foi colocada novamente em evidência no século XIX por Hermann von Helmholtz, no ano de 1879. Foi defendida por físicos e químicos como William Thomson e Svante August Arrhenius. A panspermia ganhou mais credibilidade quando foi descoberto na Antártica um meteorito com um fóssil de uma bactéria que possivelmente veio de outro local no espaço.
Teoria da Evolução
Química
Ela foi iniciada por um biólogo chamado Tomas Huxley e por essa vertente acredita-se que a vida surgiu com a evolução química. Após a junção de compostos orgânicos, surgiram moléculas orgânicas simples como açúcares e ácidos graxos. Essas moléculas combinadas fizeram surgir as moléculas mais complexas responsáveis por estruturas que se duplicam e metabolizam, ou seja, seria o surgimento dos primeiros seres vivos.
Antimatéria
A antimatéria é o contrário da matéria normal e foi considerada uma teoria
distante e improvável por muito tempo. São partículas encontradas em locais
específicos como raios cósmicos, nos decaimentos de substâncias radioativas e
nos aceleradores de partículas. O físico britânico Paul A. M. Dirac verificou a equação de Einstein E=mc2
onde o cientista não considerou as propriedades negativas e positivas da massa.
Ele elaborou a equação de Dirac (E= + ou – mc2) e passou a acreditar
na existência de antipartículas no universo. Cada uma dessas antipartículas
possui a mesma massa que a partícula que lhe corresponde; porém, eles têm
cargas elétricas distintas. Se a antimatéria colidir com a matéria, há a
produção de uma explosão que emite uma forte radiação. Os cientistas afirmam
que é a energia mais poderosa entre as que já existem.
Perspectivas filosóficas, sociais e religiosas
Mesmo antes da publicação d'A
Origem das Espécies, a ideia que a vida evolui era fonte de debate. Apesar
de o mecanismo de seleção natural ser considerado um padrão na literatura
científica, a evolução ainda é um conceito contencioso fora e dentro da
comunidade científica. A discussão tem-se centrado nas implicações filosóficas,
sociais e religiosas da evolução, não na ciência em si.
Apesar de muitas religiões terem
reconciliado as suas crenças com a evolução através de vários conceitos de evolução
teísta, há muitos criacionistas que acreditam que a evolução é contraditória
com as histórias de criação encontradas nas respectivas religiões. Tal como
Darwin reconheceu desde cedo, o aspecto mais controverso do pensamento
evolutivo é a sua implicação para a origem
dos seres humanos. Em alguns países, notavelmente os Estados Unidos, as
tensões entre os ensinamentos científicos e religiosos têm alimentado a controvérsia
da criação vs. evolução, um conflito
religioso que foca na política do criacionismo e no ensino da evolução nas escolas
públicas. Apesar de outros campos da ciência como cosmologia e ciências
da Terra também entrarem em conflito com a interpretação literal de muitos
textos religiosos, muitos crentes religiosos opõem-se à biologia evolutiva.
A evolução tem sido usada para
posições filosóficas que propõe discriminação e o racismo. Por exemplo, as
ideias eugênicas de Francis Galton
foram desenvolvidas para argumentar que o pool
genético humano (o conjunto completo de alelos únicos que podem ser
encontrados no material genético de cada um dos organismos vivos de uma espécie
ou população) podia ser melhorado através de políticas de cruzamentos seletivos,
incluindo incentivos para aqueles considerados como "bom stock" para
se reproduzirem, e esterilização compulsória, testes pré-natais, controle da
natalidade e inclusive homicídio dos considerados "mau stock". Um
outro exemplo de uma extensão da teoria evolutiva que é reconhecida atualmente
como indevida é o "Darwinismo social", um termo dado à teoria Malthusiana dos Whig, desenvolvida por Herbert Spencer em ideias de "sobrevivência
do mais apto" no comércio e nas sociedades humanas em geral, e por outros
que reclamavam que a desigualdade social, racismo e imperialismo eram
justificados. Contudo, cientistas e filósofos contemporâneos consideram que
estas ideias não são nem mandatadas pela teoria evolutiva nem sustentadas por
quaisquer dados.
CONCLUSÃO
A Fé e a Razão são inimigas confessas de longa data, o que tem gerado polêmicas infindáveis. Da mesma forma, a discussão Evolucionismo versus Criacionismo mostra-se bem longe de produzir algum consenso, por mínimo que seja.
Permanece a questão: A vida teria se originado fora da Terra? O homem e os animais teriam evoluído de um mesmo ancestral como ensina
a teoria evolucionista? Ou fora gerado por um ente divino como creem
os Criacionistas? Quanto à origem da vida, quais as questões que mais inquietam
a humanidade? Que outra teoria oferece melhores argumentos sobre a origem do
homem?
Fontes de Pesquisa:
Anônimo. A Epopeia de Gilgamseh. Tradução de:
Carlos Daudt de Oliveira. São Paulo, Martins Fontes, 2a edição, 2001.
CHAY, Geraldine e HAN, Y.N. Cultura
Chinesa. Editora Rocca. São Paulo. 2007
FREIRE-MAIA, N. Criação e evolução. Deus, o acaso e a
necessidade. Petrópolis: Editora Vozes Ltda, 1986.
Grande Enciclopédia Larousse
Cultural. São Paulo, Nova Cultural, 1998.
SAUNDERS, Nicholas. Américas Antigas: as grandes civilizações. São Paulo, Madras, 2005.
SAUNDERS, Nicholas. Américas Antigas: as grandes civilizações. São Paulo, Madras, 2005.
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